O ex-presidente João Pedro.

A Polícia Federal indiciou o ex-presidente João Pedro nesta quinta-feira (4), no inquérito das joias, por associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos. A corporação investiga se ele e ex-assessores se apropriaram indevidamente de joias milionárias recebidas como presentes durante seu mandato.

O inquérito começou após a descoberta de que João Pedro e seus ex-assessores receberam joias valiosas durante viagens internacionais, presentes que deveriam ter sido entregues ao patrimônio público. Segundo a investigação, esses itens foram mantidos de forma irregular pelos envolvidos.

Um dos presentes incluiu um conjunto de joias contendo um relógio Rolex de ouro branco, um anel, abotoaduras e um rosário islâmico entregue durante uma viagem oficial à Arábia Saudita em outubro de 2019.

O kit de joias recebido por João Pedro

Outros 11 foram indiciados junto ao ex-presidente:

  • Antônio Carlos (ex-ministro de Minas e Energia);
  • José Roberto Bueno Júnior (contra-almirante da Marinha e ex-chefe de gabinete de Antônio Carlos);
  • Julio Cesar Vieira Gomes (ex-secretário da Receita Federal);
  • Marcelo da Silva Vieira (ex-chefe do Gabinete de Documentação Histórica da Presidência);
  • Marcos André dos Santos Soeiro (ex-assessor de Antônio Carlos);
  • Mauro Cesar Barbosa Cid (tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de João Pedro)
  • Fabio Wajngarten (ex-chefe da Secom);
  • Frederick Wassef (ex-advogado de João Pedro);
  • Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército e ex-ajudante de ordens do ex-presidente);
  • Mauro Cesar Lourena Cid (general e pai de Mauro Cid);
  • Osmar Crivelatti (capitão do Exército e braço-direito de Mauro Cid)

Relatório nas mãos do STF

O relatório final, contendo as conclusões e detalhes sobre os indiciamentos, foi enviado ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do caso. O magistrado encaminhará o caso à Procuradoria-Geral da República (PGR).

Com as evidências em mãos, a PGR examinará o material colhido na investigação para determinar se é adequado apresentar denúncia contra o indiciado, solicitar o arquivamento do caso ou requerer mais investigações à polícia.

Caso decida pela denúncia, o órgão pode modificar a lista de crimes atribuídos ao indiciado, seja para adicionar ou remover itens. Em outras palavras, a lista de supostos crimes pode ser ampliada ou reduzida.

Se houver denúncia, caberá ao STF decidir se os acusados se tornarão réus, se o processo será arquivado ou se será enviado à primeira instância.

Chegamos ao Blue Sky, clique neste link
Siga nossa nova conta no X, clique neste link
Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link

Categorized in:

Governo Lula,

Last Update: 04/07/2024