Israel não participará do plano liderado pelos Estados Unidos para distribuir ajuda alimentar na Faixa de Gaza, mas garantirá sua segurança, declarou o embaixador americano em Israel nesta sexta-feira 9.

“Os israelenses estarão envolvidos em fornecer a segurança militar necessária, já que se trata de uma zona de guerra, mas não participarão da distribuição dos alimentos, nem de seu transporte dentro de Gaza”, afirmou Mike Huckabee em uma coletiva de imprensa.

Washington anunciou que uma nova “fundação” supervisionará a distribuição da ajuda humanitária no território palestino, onde esta ajuda é vital para seus 2,4 milhões de habitantes, mas está completamente bloqueada desde 2 de março por Israel.

Esta iniciativa, que substituiria os mecanismos existentes e que parece deixar de lado a ONU e as ONGs, surge após 19 meses de guerra entre Israel e o grupo islamista palestino Hamas, e gera críticas em nível internacional.

Há semanas funcionários da ONU e organizações humanitárias vêm alertando sobre a escassez de alimentos, medicamentos e combustível em Gaza.

“Fazemos um apelo às Nações Unidas, a todas as ONGs, a todos os governos (…) Convidamos todos os atores interessados em participar deste processo”, declarou Huckabee, especificando que espera a rápida implementação do plano.

Huckabee indicou que “vários parceiros já aceitaram participar dessa iniciativa”, sem revelar quais.

Israel, que diz não existir uma crise humanitária em Gaza, afirma que o bloqueio tem como objetivo pressionar o Hamas a libertar os reféns que ainda mantém cativos desde seu ataque sem precedentes a Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra.

A segurança nos pontos de distribuição ficaria a cargo de “fornecedores privados”, enquanto o exército israelense cuidaria da segurança “à distância dos pontos de distribuição” para protegê-los dos combates em andamento, especificou Huckabee.

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Last Update: 09/05/2025