
O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost foi eleito nesta quinta-feira (8/5) como o novo Papa da Igreja Católica, adotando o nome de Papa Leão XIV. Aos 69 anos, Prevost se torna o primeiro pontífice dos Estados Unidos e assume a liderança da Igreja em um momento de discussões intensas sobre temas como diversidade sexual e a inclusão de pessoas LGBTQIA+ na Igreja.
Prevost, que até então era bispo em Chiclayo, no Peru, possui um histórico de declarações conservadoras que preocupam a comunidade LGBTQIA+. Em 2012, durante uma reunião com bispos, ele lamentou que a mídia ocidental estivesse promovendo o “estilo de vida homossexual” e falou contra “famílias alternativas compostas por parceiros do mesmo sexo e seus filhos adotivos”. Essas palavras geraram críticas de defensores dos direitos LGBTQ+ que temem um retrocesso nas políticas inclusivas da Igreja.
O novo pontífice já havia se posicionado contra a ideologia de gênero, afirmando em outro discurso que a promoção dessa ideologia busca criar gêneros que, segundo ele, “não existem”. Para muitos, essa postura pode ser um obstáculo às abordagens mais inclusivas que foram adotadas por Francisco durante seu pontificado.
Ao contrário do Papa Francisco, que ficou marcado por sua postura acolhedora, especialmente ao afirmar, em 2013, “Quem sou eu para julgar?”, em relação aos padres gays, Leão XIV deverá seguir um caminho mais rígido sobre questões de diversidade sexual. Durante o papado de Francisco, houve gestos simbólicos que aproximaram a Igreja dos fiéis LGBTQ+, como seu apoio a uniões civis entre pessoas do mesmo sexo e a recepção de fiéis LGBTQ+ em audiências papais.

A nomeação de Prevost pode afetar as políticas inclusivas da Igreja, que recentemente abriram espaço para que membros LGBTQ+ se sentissem mais acolhidos na fé católica. Embora a Igreja Católica tenha sido tradicionalmente contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo, gestos como o apoio de Francisco às uniões civis indicaram uma mudança de postura.
Com sua visão conservadora, Leão XIV deve reforçar a moral tradicional católica, que continua a ser um tema central em muitas discussões sobre o futuro da Igreja. A relação com a comunidade LGBTQIA+, por exemplo, pode enfrentar novos desafios com a postura mais rígida do novo pontífice.
Ainda é cedo para saber com precisão como o novo Papa irá abordar esses e outros temas, mas a expectativa é que seu pontificado traga uma liderança mais alinhada aos princípios tradicionais da Igreja Católica. A comunidade católica, assim, segue atenta aos próximos passos do Papa Leão XIV.
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