Parlamentares bolsonaristas e familiares de golpistas do 8 de janeiro na Câmara dos Deputados. Foto: Reprodução

Políticos do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, criaram uma nova estratégia para pressionar Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados, a pautar o projeto de lei da anistia. O texto, mesmo com o requerimento de urgência já tendo alcançado assinaturas suficientes, segue parado na Casa.

Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, bolsonaristas querem colocar familiares de presos pelo ataque de 8 de janeiro de 2023 em Brasília em acampamentos em frente às casas de líderes partidários que são contrários à votação do projeto.

A ideia é pressionar as bases dos parlamentares em seus respectivos estados ao mesmo tempo em que um grupo de familiares marca presença em frente à residência oficial da Câmara em Brasília, onde mora Hugo Motta.

“Até agora estamos pedindo para esses familiares não fazerem esse tipo de pressão sobre os políticos. Mas, se não houver a definição de uma data para a votação, não vamos conseguir segurar. Estamos no limite”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara.

Outro movimento vai ocorrer nas redes sociais. Parlamentares bolsonaristas que têm muitos seguidores, como os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), devem criar vídeos com críticas e ataques ao presidente da Câmara.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB). Foto: Marina Ramos/Agência Câmara

As novas ações se somam a uma série de movimentos fracassados de bolsonaristas para pressionar Motta e outros parlamentares. O próprio ex-presidente chegou a pedir para interromper as ações nas redes sociais contra parlamentares que não apoiavam o projeto.

Ele chegou a conversar com presidentes de siglas, que comandam orçamentos do fundo partidário, para condicionar os recursos em campanhas ao apoio à anistia. O objetivo era travar o envio de dinheiro a quem fosse contrário ao perdão dos golpistas.

Outros planos dos bolsonaristas incluem greve de fome no plenário, descumprimento de acordo com líderes partidários sobre distribuição de emendas de comissão e obstrução de votações na Câmara, já que o PL possui a maior bancada da Casa.

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Last Update: 08/05/2025