O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgou na quarta (7) que a balança comercial de abril registrou recorde de exportação e importação para o mês. O resultado permitiu que a corrente de comércio obtivesse superávit de US$ 8,15 bilhões. Os bons números ainda ficam completos pela produção industrial brasileira que cresceu 1,2% entre fevereiro e março, de acordo com o IBGE.
Este cenário com dados positivos mostra que a economia brasileira segue forte sob o governo Lula mesmo com os juros altos que o Banco Central teima em manter elevados, e as incertezas externas, principalmente pelas guerras e o ‘tarifaço’ de Donald Trump.
Os dados do Mdic mostram crescimento de 0,3% nas exportações com US$ 30,41 bilhões em abril desse ano, sendo que no mesmo mês do ano anterior ficaram em US$ 30,33 bilhões. Quanto às importações, houve aumento de 1,6%, com US$ 22,26 bilhões em abril de 2025 em comparação com os US$ 21,9 bilhões do mesmo mês de 2024.
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Como destaque, em abril, a indústria de Transformação teve crescimento de 2,4%, totalizando US$ 15,04 bilhões, nas exportações.
Com estes valores, a corrente comercial ficou em US$ 52,67 bilhões, registrando o superávit de US$ 8,15 bilhões. Comparando o mês de abril desse ano e do ano passado, a corrente comercial cresceu 0,8%.
Considerando dados de janeiro a abril desse ano, as exportações foram de US$ 107,3 bilhões (queda de -0,7% em relação ao mesmo período do ano anterior) e as importações US$ 89,6 bilhões (crescimento de 10,4%), números que indicam uma corrente de comércio de US$ 196,9 bilhões.
No período de quatro meses a agropecuária puxou o crescimento das exportações em 18,2%, totalizando US$ 2,29 bilhões.
Indústria
Conforme a Pesquisa Industrial Mensal (PIM – Brasil), também divulgada quarta (7) pelo IBGE, o crescimento industrial brasileiro de 1,2% entre fevereiro e março acontece após não ser registrado crescimento nas passagens de meses anteriores: 0% em fevereiro e 0,1% em janeiro.
O IBGE sublinha que o registro representa o maior crescimento desde junho de 2024, quando ficou com 4,3%. Ao se comparar com março de 2024, o crescimento é de 3,1% na sua produção: “décimo resultado positivo seguido e o mais intenso desde outubro de 2024 (6,0%)”, destaca.
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Ainda de acordo com a pesquisa, neste ano é acumulada alta de 1,9%. Em 12 meses a expansão marca 3,1%.
“O mês de março se caracterizou por um maior dinamismo após 5 meses de menor intensidade (os 3 últimos meses de 2024, com resultados negativos e perda acumulada de 1,0%, mais os dois primeiros meses de 2025, quando o setor industrial ficou praticamente estável). O maior ritmo verificado em março de 2025 foi caracterizado não só pela maior intensidade do resultado (o maior desde junho de 2024 (4,3%), mas também pelo perfil disseminado de taxas positivas (3 das 4 grandes categorias econômicas e 16 das 25 atividades mostraram crescimento na produção)”, diz André Macedo, gerente da PIM Brasil.
Na linha da explicação de Macedo, as principais influências positivas foram: coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (3,4%); indústrias extrativas (2,8%); produtos farmoquímicos e farmacêuticos (13,7%); e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%).
*Com informações IBGE e Mdic