
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi abordado pelo estudante e influenciador Bernardo Moreira durante o ato pró-anistia em Brasília, nesta quarta (7), e se irritou ao ouvir que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, “vai ser preso”. O parlamentar tentou ignorar, mas demonstrou raiva após a fala.
“Flávio, te perguntar aqui: como é saber que seu papai vai preso? Seu papai vai preso, hein. Anistia é o cara**o”, afirmou Moreira. Em resposta, o senador disse “tua mãe” e outras palavras inaudíveis. Veja:
Flávio Bolsonaro não ficou muito feliz comigo hoje no ato, em Brasília, pela anistia dos golpistas vagabundos 😂👍🏻🇧🇷
ANISTIA É O CARALHO 🔥 pic.twitter.com/esULcm2WdH
— Bernardo Moreira (@bemoreiradf) May 7, 2025
Bolsonaro é réu por tentativa de golpe desde o fim de março, quando a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ele e sete aliados. Se condenado, as penas podem variar de 12 a 43 anos de prisão.
O influenciador é o mesmo que confrontou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) na Câmara em dezembro de 2023 e foi detido pela Polícia Legislativa. Estudante de Gestão de Politicas Públicas da Universidade de Brasília (UnB), ele tem mais de 120 mil seguidores no Instagram.
O ato de Bolsonaro em Brasília desta quarta flopou, reunindo apenas 4 mil pessoas, cerca de 10% do público que estava na Avenida Paulista, em São Paulo, há um mês. O número foi divulgado pelo grupo de pesquisa “Monitor do debate político” do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP).
Além de Bolsonaro e Flávio, a manifestação também contou com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Magno Malta (PL-ES), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
“Anistia é um ato político privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada. Tem que cumprir a vontade do Parlamento, que representa a vontade da maioria do povo brasileiro”, afirmou o ex-presidente durante o ato.
A realização do evento gerou polêmica dos bastidores. Inicialmente, Bolsonaro não queria promover o protesto em Brasília, mas foi convencido por aliados. Posteriormente, pessoas próximas tentaram convencê-lo a não participar do ato por conta de seus recentes problemas de saúde e temor de que o pequeno número de pessoas causasse prejuízos políticos.
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