Ciro Gomes pode deixar o PDT. Foto: Divulgação

O ex-ministro Ciro Gomes movimentou os bastidores políticos do Ceará nesta terça-feira (6), durante um café da manhã com parlamentares da oposição na Assembleia Legislativa. Convidado por deputados estaduais, ele fez duras críticas à condução do governo Elmano de Freitas (PT), abordou temas como segurança pública e a crise nacional, e admitiu publicamente a possibilidade de disputar o Governo do Estado em 2026.

Além do discurso de oposição, uma declaração de bastidor agitou ainda mais o cenário político local: Ciro revelou ter sido convidado por Tasso Jereissati para se filiar ao novo partido que surgirá da fusão entre PSDB e Podemos.

A sinalização reacende especulações sobre sua possível saída do PDT, legenda à qual é filiado há quase duas décadas e pela qual concorreu à Presidência da República em três ocasiões. A articulação para que Ciro integre a nova legenda, no entanto, não é simples.

O Podemos no Ceará é atualmente comandado por Bismarck Maia, ex-prefeito de Aracati e aliado do governador Elmano. Conforme apuração nos bastidores, há um entendimento encaminhado para que o deputado federal Eduardo Bismarck, filho de Bismarck Maia, assuma a presidência do novo partido no Estado após a fusão.

A declaração de Ciro de que o futuro da legenda estaria sob a liderança de Tasso Jereissati surpreendeu e gerou uma reação imediata no grupo governista, que passou a manhã em articulações e trocas de mensagens para entender o impacto da fala.

Tasso Jereissati e Ciro Gomes. Foto: Divulgação

Eduardo Bismarck teve de atualizar parlamentares aliados sobre o andamento das tratativas com a presidente nacional do Podemos, Renata Abreu. Durante o encontro com deputados, Ciro também telefonou para aliados do PDT, mencionando a possibilidade de aceitar o desafio de ser candidato ao governo estadual por uma nova legenda.

Apesar da sinalização, lideranças locais avaliam que uma candidatura do ex-governador em 2026 ainda é improvável no atual cenário. Mesmo assim, a movimentação de Ciro e o contexto de fusões partidárias animaram a oposição e reacenderam o debate sobre o futuro político do Ceará.

A possível filiação ao novo partido também representa um marco na trajetória de Ciro, que já passou por siglas como PSDB, PPS, PSB e atualmente o PDT. A entrada na nova legenda poderia unificá-lo a nomes de peso da centro-direita e abrir espaço para reposicionamentos tanto no cenário estadual quanto nacional.

A oposição vê na articulação uma oportunidade de reorganização de forças contra o domínio petista no Estado, sobretudo após a vitória de Elmano de Freitas em 2022. Já o grupo governista se movimenta para preservar alianças e conter perdas políticas em meio ao reordenamento partidário.

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Last Update: 07/05/2025