A “sala das lágrimas”, no fundo da Capela Sistina. Foto: Reprodução

O sucessor do papa Francisco, que será escolhido no conclave que se iniciou nesta quarta (7), terá que ser levado à “sala das lágrimas”, onde passará por um momento pessoal. O local é um dos mais íntimos do Vaticano e seu nome representa um comportamento comum entre os pontífices eleitos.

O cômodo tem nove metros quadrados e é localizado no fundo da Capela Sistina. No local, o novo papa veste a batina branca papal (que possui três opções de tamanho: pequena, média e grande) e a veste é ajustada ao corpo do pontífice recém-eleito.

O novo representante da Igreja Católica é acompanhado pelo carmelengo (responsável pela administração do Vaticano durante a transição) e pelo mestre de cerimônias litúrgicas.

O nome do cômodo tem origem na emoção intensa vivida pelo novo pontífice no local. Há relatos de que muitos papas recém-eleitos não conseguem conter as lágrimas enquanto se vestem para assumir o papel mais importante da instituição.

Após o rito, o novo papa é levado até a Basílica de São Padro e o cardeal protodiácono diz a famosa frase “Habemus Papam!” (“Temos um papa”). Na sequência, ele revela seu nome de batismo e o nome papal escolhido.

Capela Sistina foi preparada para receber o conclave. Foto: Divulgação/Vaticano

O rito começou na manhã desta quarta com a celebração de uma missa e uma homenagem ao papa Francisco, que morreu aos 88 anos em abril. Participam da escolha de seu sucessor 133 cardeais e a previsão é que a fumaça com o resultado da primeira votação apareça às 14h.

Os cardeais ficam alojados na Casa de Santa Marta durante o conclave e se deslocam diariamente até a Capela Sistina até a escolha do novo pontífice. O local é o palco das eleições papais desde o século XV.

A partir do segundo dia de conclave, são realizadas até quatro votações diárias (duas pela manhã e duas à tarde). Os cardeais fazem um juramento antes de cada voto e escrevem o nome de seu candidato em uma cédula com a frase em latim: “Eligo in Summum Pontificem” (“Elejo como Sumo Pontífice”).

A votação é suspensa por 24 horas se ninguém for escolhido após três dias. O ciclo pode se repetir até o 12º dia (no máximo 34 votações), com o critério de dois terços dos votos. A partir deste período, o voto se restringe aos dois mais votados, mas exige o mesmo quórum.

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Last Update: 07/05/2025