Graças à atuação diligente do governo Lula, vidas indígenas puderam ser salvas nestes quase dois anos e meio de gestão do PT no governo federal. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta segunda-feira (5), entre 2023 e 2024 houve uma redução de 21% no número de óbitos da população indígena no território Yanomami. Foram registradas 337 mortes no ano passado, ante 428 no ano anterior.
O “Informe 7”, do Centro de Operações de Emergências (COE), aponta melhoras expressivas em diversos indicadores de saúde junto aos Yanomami. Entre as principais causas, destacam-se as reduções de 47% nas mortes por infecções respiratórias agudas, 42% nos óbitos por malária e 20% nos óbitos causados por desnutrição.
O relatório do COE revela ainda que os óbitos considerados evitáveis, ou seja, passíveis de prevenção mediante assistência adequada de saúde, caíram 26% no período, passando de 179 para 132.
De acordo com o Ministério da Saúde, esses resultados refletem o fortalecimento da assistência médica na região. O número de profissionais de saúde atuando no território Yanomami passou de 690, em 2023, para 1.781 no ano seguinte, um crescimento de 158%. Parte dessas contratações foi realizada via Agência Brasileira de Apoio à Gestão do Sistema Único de Saúde (AgSUS) e pela expansão do Programa Mais Médicos.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca o papel das ações coordenadas do governo federal: “A ação conjunta de todo o governo federal garantiu o combate necessário e permitiu que os profissionais da saúde pudessem entrar nas aldeias e cuidar da população indígena”.
Responsabilidade do governo Bolsonaro
As autoridades federais apontam que a crise humanitária e a explosão dos índices de morte e desassistência entre os Yanomami são consequências diretas das omissões, da negligência e da conivência com o garimpo ilegal durante o governo Jair Bolsonaro (2019-2022). O cenário de abandono foi denunciado por organizações indígenas, por veículos de imprensa nacionais e internacionais e por investigações conduzidas pelo Ministério Público Federal.e
No domingo (4) , por exemplo, reportagem do Fantástico (TV Globo), lembrou o cenário catastrófico na região, provocado pela ausência de políticas públicas e pela destruição de estruturas de saúde nas terras indígenas por Bolsonaro.
Como resposta, o governo Lula promoveu desde o início de 2023 a retomada da presença do Estado, com medidas emergenciais, reorganização dos polos de atendimento e forte investimento em infraestrutura e equipes de saúde.
Cobertura vacinal e outros avanços
Outro fator relevante nas ações do Ministério da Saúde junto à população indígena é o aumento da cobertura vacinal. Em 2024, foram aplicadas 53.477 doses de vacinas de rotina – 65% a mais que em 2023, quando foram registradas 32.352 aplicações, conforme o informe oficial.
Houve ainda redução significativa dos casos de desnutrição grave em crianças menores de cinco anos. O índice caiu de 24,2%, em 2023, para 19,2% no ano seguinte. Esse avanço revela melhora no estado nutricional da população; atualmente, 50% das crianças Yanomami encontram-se dentro do padrão de peso considerado ideal. O secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, ressalta, contudo, que “a recuperação nutricional em crianças é um processo mais lento e complexo, que pode levar anos até a normalização do peso e o fortalecimento do sistema imunológico”.
Reabertura de polos-base e ampliação do acesso
Como resposta direta ao cenário de abandono e descaso institucionalizado durante o governo Bolsonaro, o Ministério da Saúde reabriu sete polos-base que haviam sido desativados por falta de segurança e precarização das estruturas decorrente do avanço do garimpo ilegal. Todas as unidades foram reativadas até abril de 2024, ampliando significativamente o acesso dos Yanomami aos serviços de saúde em regiões estratégicas como Kayanaú, Homoxi, Hakoma, Ajaraní, Haxiú, Xitei e Palimiú.
A mobilização de frentes de trabalho, criadas pelo governo federal ao decretar Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional, permitiu consolidar avanços na assistência à saúde dos Yanomami. Outras melhorias, como a implantação de telessaúde, o aumento de investimentos em infraestrutura e a contratação de profissionais multidisciplinares, também contribuíram para os resultados positivos apresentados.
Da Redação, com informações do Ministério da Saúde