Nives Monda, proprietária do restaurante italiano La Taverna di Santa Chiara, em Nápoles, expulsa sionistas. Foto: Reprodução

Um restaurante em Nápoles, na Itália, expulsou israelenses após intimidação. O “La Taverna di Santa Chiara” tem uma mensagem contra o genocídio em Gaza na sua porta e o casal sionista assediava outros clientes do local e pedia para que eles conhecessem as “belezas de Israel”.

A proprietária do restaurante, Nives Monda, convidou o casal israelense a se juntar à campanha contra o genocídio e o apartheid na Palestina, mas os sionistas começaram a gravar e tentar intimidá-la com acusações de “antissemitismo” e de ser “apoiadora do terrorismo”.

“Sionistas não são bem-vindos aqui. Senhora, você pode ir embora, você pode ir. Eu não quero seu dinheiro”, diz Monda. Ela lembra que mais de 50 mil palestinos foram mortos por israelenses desde outubro de 2023, quando a guerra na região teve início.

O caso ocorreu no último sábado (3) e o restaurante afirmou que a proprietária e os funcionários têm recebido ameaças e ataques nas redes sociais. Em comunicado, o “La Taverna di Santa Chiara” afirmou que apenas tomou uma “posição contra o genocídio palestino em andamento” e que vai processar todos os responsáveis por ameaças.

O estabelecimento afirmou que tem recebido visitas e mensagens de apoio nos últimos dias, e agradeceu clientes que endossaram a luta contra o genocídio em Gaza.

Leia o comunicado do restaurante na íntegra:

No sábado, 3 de maio, em nossa loja, fomos vítimas de um episódio de intimidação de uma cliente que, após almoçar no local, começou a falar alto, dizendo que era um apoiadora de ataques internacionais do governo israelense contra o povo palestino. Nesse ponto, como cidadãos conscientes que somos, destacamos que condenamos a genocídio palestino em andamento, um crime contra humanidade.

A turista imediatamente começou a nos acusar de antissemitismo, de apoiar palestinos que, em suas palavras, são terroristas e, portanto, seríamos apoiadores de terroristas. A turista, entretanto, começou a nos filmar e gravar outros clientes sem consentimento (incluindo menores de outra família) e espalhar o vídeo na internet (um crime), difamando-nos como apoiadores do terrorismo e antissemitas (outro crime) e desencadeando uma campanha de ódio que resultou em mensagens anônimas com ameaças de destruição das instalações, violência física contra do proprietário e a equipe, e estupro da proprietária (todos crimes).

 

Nossa única responsabilidade é ter tomado posição contra o genocídio palestino em andamento. À luz do ódio e da campanha nas redes sociais que foi desencadeada e as ameaças recebidas, visando minar nossa segurança pessoal, bem como o andamento do nosso negócio, entraremos com uma ação formal.

Além disso, os nossos advogados vão denunciar todos eles. Fomos alvos de difamações nas redes sociais e na imprensa. O nosso lugar, que sempre acolheu pessoas de toda nacionalidade, fé e etnia, não pode tolerar isso e continuaremos não tolerando qualquer forma de declaração racista, seja inspirada pelo antissemitismo, islamofobia, ou, como neste caso, racismo antipalestino.

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Last Update: 07/05/2025