Uma operação conjunta do Ministério da Previdência e da Polícia Federal (PF) nesta terça-feira mira uma associação criminosa que criava pessoas fictícias para fraudar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os prejuízos causados pelo grupo passam de 11 milhões de reais, segundo as investigações.
Pelo menos três pessoas foram presas durante as ações desta terça. Os agentes foram às ruas em Belo Horizonte e em duas outras cidades da Região Metropolitana da capital mineira: Betim e Contagem.
O grupo falsificava documentos como certidões de nascimento, carteiras de identidade e comprovantes de residência para ter o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo mensal a pessoas com idades a partir de 65 anos.
Dez idosos que atuavam junto ao grupo se passaram por quarenta pessoas fictícias, segundo a PF. Os envolvidos na fraude vão responder pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa.
A PF afirma que as investigações sobre o caso evitaram que o prejuízo aos cofres públicos fosse ainda maior: pelo menos 5,2 milhões de reais teriam deixados de ser desviados.
A operação desta terça não tem relação com as investigações sobre desvios de valores de mensalidades associativas de beneficiários de aposentadorias e pensões. O esquema, denunciado pela PF e pela Controladoria-Geral da União, levou à queda do antigo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e à queda do agora ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.