Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo – Foto: Reprodução

Tarcísio de Freitas, aquele que autorizou a matança de quem a PM visse como bandido e avisou que não estava nem aí se fosse denunciado a uma corte internacional como mandante dos assassinatos, estaria penando para continuar governando, se fosse de esquerda.

Assaltantes estão matando nos bairros nobres de São Paulo, há um evidente descontrole na área de segurança com as afrontas e inovações do crime miúdo, a PM continua atirando em quem se mexe, se for pobre e negro, e Tarcísio governa como se tudo estivesse numa boa.

Porque os jornalões, com a surpreendente exceção do Estadão, escondem os fatos que denunciam Tarcísio como um frouxo diante da bandidagem. Nessa segunda-feira, o jornal publicou a seguinte frase de um jovem assaltado em Santo Amaro, nas proximidades da estação de metrô do Brooklin:

“Não confio mais na segurança pública de São Paulo”.

A segurança pública insegura é a do governador Tarcísio e de seu secretário Guilherme Derrite. Mas os jornalões não dão seus nomes. Nem o nome do prefeito Ricardo Nunes, que vende projetos para a segurança mas está sempre distanciado das culpas que seriam apenas do Estado, quando o assunto é o aumento da violência em áreas de brancos de classe média e ricos da capital.

As corporações de mídia vão, com muito cuidado, acusando a presença de assaltantes em áreas nobres. Mas tratam nos cantinhos as notícias das mortes nas periferias, como o assassinato de um jovem de 15 anos no Itaim Paulista.

Lucas Teles Santana foi morto porque, no momento do assalto, deixou cair o celular que deveria entregar a dois bandidos numa moto. A notícia do assassinato saiu num canto do Estadão e da Folha onlines. Porque não foi no Itaim Bibi, nem em Pinheiros, no Ibirapuera ou nos Jardins.

Os jornalões tratam com cuidado tudo que possa atingir Tarcísio, mesmo sendo um frouxo. E mais ainda depois que descobriram que ninguém, nem Caiado, nem Zema, nem Leite, tem condições de enfrentar Lula em 2026. Mas Tarcísio, mesmo sendo frouxo, ainda é a aposta menos pangaré.

Romeu Zema, governador de Minas Gerais – Foto: Reprodução

O governador precisa ser preservado, apesar de continuar fraquejando no enfretamento da criminalidade avulsa, essa que faz com que dois homens numa moto aterrorizem toda a cidade. O paulistano não pode ver dois sujeitos numa moto.

Mas Tarcísio e Derrite não conseguem conter os assaltos e os medos, e mesmo assim não aparecem nas notícias sobre insegurança. Porque um é candidato a candidato a presidente e o outro é candidato ao Senado.

A velha direita, que de novo não tem forças para dispor de um dos seus como nome para 2026, precisa se agarrar a Tarcísio. Para não ficar de refém de uma saída desesperada do bolsonarismo com Michelle ou da volta da assombração representada por Ciro Gomes.

Tarcísio, que só existirá como candidato com a bênção de Bolsonaro, apresenta-se pelo que não é. Ainda não é o nome escolhido pelo seu líder, não é considerado bolsonarista raiz, não é um conservador clássico e não é uma figura que passe a certeza de que deseja mesmo enfrentar Lula.

Tarcísio, por enquanto, é apenas um frouxo subserviente a Bolsonaro, para a velha direita e para o neofascismo.

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Last Update: 06/05/2025