Cardeais reunidos na Capela Sistina para a votação do futuro Papa, em 2013. Reprodução

O conclave que irá eleger o novo Papa terá início na quarta-feira (7) na Capela Sistina, localizada no Vaticano. O local passou a ser utilizado para a assembleia dos cardeais em 1942, quando foi eleito o Papa Alexandre VI (1431-1503). Contudo, a capela leva o nome de Sixto IV, Pontífice de 1471 a 1484, que ordenou a restauração da antiga Cappella Magna.

As obras de restauração começaram em 1473 e foram concluídas em 1481. Durante esse período, a capela foi adornada com afrescos nas paredes. A parede sul retrata cenas da vida de Moisés, enquanto a parede norte ilustra a vida de Cristo. A parede de entrada, além de retratar essas histórias, exibe retratos dos antigos Pontífices.

A decoração foi realizada entre 1481 e 1482 por renomados pintores florentinos, como Pietro Perugino, Sandro Botticelli, Domenico Ghirlandaio e Cosimo Rosselli. Posteriormente, o Papa Júlio II, Pontífice de 1503 a 1513, contratou Michelangelo para pintar os afrescos do teto da capela, entre 1508 e 1512.

Mais de 20 anos depois, em 1534, Michelangelo foi novamente chamado para pintar o “Juízo Final” na parede atrás do altar, cuja obra foi revelada em 1541.

Parede sul

A parede sul da Capela Sistina apresenta seis afrescos que ilustram cenas da vida de Moisés. As cenas são dispostas da direita para a esquerda.

Parede norte

Na parede norte, estão seis afrescos que retratam cenas da vida de Cristo. Esses afrescos seguem a disposição da esquerda para a direita.

Teto

O Papa Júlio II, sobrinho de Sixto IV, decidiu modificar a decoração da capela e contratou Michelangelo em 1508 para pintar o teto, a parte superior das paredes e as lunetas (pinturas em arco) que cercam o teto. O trabalho foi finalizado em outubro de 1512, e a capela foi oficialmente inaugurada no dia 1º de novembro, durante a Festa de Todos os Santos, com uma missa solene.

O teto da capela foi dividido em quatro seções: a História de Noé e a Criação, os Profetas e Sibilas, as Cenas do Velho Testamento e os Ancestrais de Cristo.

O Juízo Final

Em 1533, o Papa Clemente VII, Pontífice de 1523 a 1534, encarregou Michelangelo de pintar o afresco do “Juízo Final” na parede do altar. A grandiosa obra, que mede 13,7 metros de altura por 12 metros de largura, foi concluída entre 1536 e 1541 e apresenta mais de 300 figuras, com Cristo no centro.

O juízo final, de Michelangelo, e sua importância para o Renascimento
Afresco do “Juízo Final”, de Michelangelo, na Capela Sistina, Vaticano. Foto: Reprodução

A pintura do “Juízo Final” resultou na perda de afrescos do século XV, incluindo o retábulo da Virgem Assunta entre os Apóstolos e os primeiros episódios das Histórias de Moisés e de Cristo, pintados por Perugino.

Confira os detalhes da Capela Sistina:

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Last Update: 06/05/2025