
A chegada David Gamble, chefe interino da Coordenação de Sanções do Departamento de Estado do governo Donald Trump, ao Brasil nesta segunda-feira (6) levou a embaixada dos Estados Unidos em Brasília a desmentir o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Enquanto o governo de Donald Trump afirma que a visita tem como foco a segurança regional e o combate ao crime organizado, Eduardo inventou que o objetivo é articular sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota oficial publicada no domingo (5), a embaixada dos EUA informou que Gamble lidera uma delegação enviada a Brasília para participar de reuniões bilaterais, com temas voltados a “organizações criminosas transnacionais” e aos “programas de sanções dos EUA no combate ao terrorismo e ao tráfico de drogas”.
A visita foi atribuída à estratégia do governo Trump de fortalecer parcerias no combate ao crime, num momento em que a presença de grupos transnacionais na América Latina preocupa autoridades americanas.
Apesar da agenda divulgada pela representação diplomática, Eduardo Bolsonaro afirmou em suas redes sociais que a visita teria como objetivo discutir “potenciais punições contra Alexandre de Moraes”, ministro que atualmente conduz investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O deputado também sugeriu que Gamble se reuniria com a familia Bolsonaro.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, o parlamentar alegou ter participado de encontros com integrantes do Departamento de Estado e da Casa Branca, sem revelar os nomes dos participantes. Ele reforçou sua narrativa durante participação no canal do YouTube “Programa 4 por 4”, na noite de domingo.
Em resposta à nota da embaixada, Eduardo insinuou que o posicionamento oficial reflete a gestão Joe Biden, que ainda ocupa postos diplomáticos no Brasil, apesar do retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos.
“Os Estados Unidos já enviaram um novo embaixador para o Brasil? Não. Então, o corpo diplomático do governo americano no Brasil ainda é da administração Biden? Sim. Então, morreu já por aqui essa história”, declarou.
O parlamentar também mencionou a possibilidade de que outros membros do Departamento de Estado percorram o Brasil em breve para tratar de temas ligados à segurança, sem detalhar datas ou nomes envolvidos.
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