O impacto das operações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) resultou na criação direta e indireta de cerca de 2,3 milhões de empregos com carteira assinada no Brasil em 2023, indica o primeiro Relatório Anual de Emprego da instituição, que será lançado ainda no primeiro semestre deste ano.
O documento avalia o efeito do crédito nas empresas apoiadas e em suas cadeias de fornecimento, revelando um perfil de empregos formais, com direitos garantidos e presença em todo o país. Só em micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) foi gerado um terço do total de vagas, reforçando o papel do BNDES na base produtiva da economia.
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O papel central do FAT
Do total de empregos criados, 2 milhões foram viabilizados com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), principal fonte de financiamento do banco. Sob gestão do Ministério do Trabalho, o FAT também financia o seguro-desemprego, o abono salarial e programas de desenvolvimento econômico.
Segundo o relatório, 1,6 milhão de vagas foram abertas diretamente nas empresas financiadas, sendo 1,3 milhão com recursos do FAT. Já as cadeias de fornecimento responderam por 700 mil postos indiretos, dos quais 620 mil também associados ao fundo.
“O FAT foi criado para gerar emprego. Esse é o seu principal produto e essa é uma das principais entregas do BNDES para a sociedade. Sob a orientação do presidente Lula, o BNDES é hoje um grande motor de geração de emprego no país”, afirmou o presidente do banco, Aloizio Mercadante.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, concorda. “O FAT é estratégico para o financiamento do investimento produtivo e para o desenvolvimento nacional, especialmente da política industrial do governo do presidente Lula”, declarou.
Desde 2023, o banco passou a adotar mecanismos para monitorar o impacto social das operações, como o Fórum BNDES-Trabalho, criado por iniciativa de Mercadante e Marinho.
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Empregos com carteira e desenvolvimento regional
A atuação do BNDES teve capilaridade: 20% das vagas foram geradas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, demonstrando um esforço por maior equilíbrio territorial.
Setores estratégicos também se destacaram. A construção civil gerou 200 mil vagas, enquanto o setor de máquinas e equipamentos criou 50 mil. A indústria respondeu por 34% dos empregos em 2023, contra 26% em 2019. Já a infraestrutura passou de 10% para 18% no mesmo período.
“Estamos falando de emprego de qualidade, com carteira assinada e direitos trabalhistas assegurados, e para empresas de todos os tamanhos […] O crédito do BNDES faz a economia girar. As empresas investem e novas vagas de emprego são abertas”, afirmou Mercadante.
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Apesar dos avanços, o estudo alerta para desafios estruturais: a informalidade ainda é elevada e o país precisa ampliar o crédito com impacto social em regiões historicamente desfavorecidas. Essas metas devem estar entre as prioridades do banco.
Com o Relatório Anual de Emprego, o BNDES inaugura uma nova fase de transparência e compromisso com o desenvolvimento nacional, focando no desenvolvimento sustentável e na geração de empregos formais de qualidade. Os dados revelados reafirmam seu papel como agente estratégico do país.
Da Redação