Os quase 54 mil eleitores de Goiana (PE) foram às urnas neste domingo 4 para eleger o novo prefeito do município da Região Metropolitana do Recife. A eleição suplementar colocou frente a frente Marcílio Régio (PP), apoiado pelo prefeito da capital, João Campos (PSB), e Eduardo Batista (Avante), presidente da Câmara Municipal e então prefeito interino, que teve o apoio da governadora Raquel Lyra (PSD).
Régio venceu com 28.122 votos (54,1%), enquanto Batista obteve 23.860 (45,9%). Houve ainda 825 votos em branco (1,53%) e 1.165 nulos (2,16%).
A disputa em Goiana evidenciou o confronto político entre Campos e Lyra, que tendem a se enfrentar na eleição para o governo estadual em 2026. A votação suplementar antecipou o embate e deu uma prévia do que o eleitorado pernambucano poderá testemunhar no próximo ano.
A nova eleição foi convocada após a cassação do ex-prefeito Eduardo Honório (União Brasil) pelo Tribunal Superior Eleitoral. A Corte entendeu que ele não poderia disputar a reeleição, por já ter exercido dois mandatos consecutivos – desde 2016, quando assumiu a prefeitura no lugar de Osvaldo Rabelo Filho, afastado por motivos de saúde.
Com a vitória de Régio, o placar de prefeitos aliados a João Campos e Raquel Lyra em Pernambuco se inverte: agora é 32 a 31, respectivamente.
Nas redes sociais, João Campos parabenizou o aliado e celebrou o resultado como reflexo de sua “capacidade, da confiança do povo de Goiana e da certeza de que o trabalho vai honrar o legado de Eduardo Honório, garantindo ainda mais desenvolvimento pra cidade”. “Fiz questão de estar presente em sua campanha e vi como o povo da sua cidade aguardava por essa vitória”, escreveu.
Já Raquel Lyra destacou que a “democracia se faz com respeito à vontade do povo e compromisso com o futuro”. “O Governo de Pernambuco segue junto dos municípios, trabalhando por um estado mais justo e cheio de oportunidades pra todas e todos”, afirmou.