A questão ecológica é uma das principais armas do imperialismo, nesse momento, contra o desenvolvimento econômico dos países pobres. Em países como o Brasil, a Rússia e a China, que são nações capitalistas atrasadas, porém com um grande desenvolvimento e que, por isso, acabam sendo um obstáculo para o domínio econômico do imperialismo, a demagogia ecológica é ainda mais forte.
O caso da Margem Equatorial se transformou numa verdadeira vergonha nacional, ou melhor, uma vergonha para o governo brasileiro que simplesmente não consegue fazer com a Petrobrás explore o petróleo da região enquanto empresas estrangeiras estão tomando o espaço dos grandes poços de petróleo do local. A ecologia, ou podemos dizer a farsa ecológica, é um obstáculo para a Petrobrás, mas não é para as multinacionais, que já disputam o leilão no Brasil e já exploram petróleo na mesma região, como a norte-americana Exxon, na Guiana, e a francesa Total, no Suriname.
O portal Brasil 247 publicou um artigo com informações muito importantes do economista Charles Chelala que afirmou que o Amapá poderia ter o PIB duplicado a cada dois anos com a exploração de petróleo. “No cenário conservador, com produção de 50 mil barris por dia, o PIB do estado poderia crescer 23% ao ano e dobrar em quatro anos. No cenário mais otimista, com 100 mil barris diários, o PIB dobraria a cada dois anos, com a geração de 54 mil novos empregos, R$ 2,3 bilhões em receitas e aumento de 29% na arrecadação tributária.”
Segundo os pseudo-ecologistas, essa riqueza toda não pode ser aproveitada pelo povo brasileiro. Na verdade, essa riqueza deveria estar nas mãos das petrolíferas estrangeiras, é isso o que estamos esperando que aconteça, caso o governo continue patinando em liberar a explorar pela Petrobrás.
Não é à toa que a Rede Globo, principal porta-voz do imperialismo no Brasil, deu voz ao Greenpeace, no horário nobre do domingo, no programa Fantástico, para mostrar “preocupação” com a exploração da Margem Equatorial. A Globo e o imperialismo realmente se preocupam muito com a ecologia, já com o povo brasileiro, sabemos que eles nunca se preocuparam em nada. O Greenpeace não passa de um agente do imperialismo no Brasil para impedir o desenvolvimento nacional.
O mesmo Greenpeace, no último dia 30, invadiu a sede da JBS e a assembleia dos acionistas da empresa. O protesto foi motivado por supostos danos ambientais causados pelo frigorífico. Sabemos que como qualquer empresa capitalista, a JBS provavelmente causa algum dano ambiental, mas aqui, como no caso da Margem Equatorial, não se trata de nenhuma preocupação ecológica legítima.
A JBS é a maior empresa do ramo frigorífico do mundo, foi esse o motivo, inclusive, que ela foi alvo da criminosa operação Lava Jato. Tanto a ONG estrangeira, como a Lava Jato, uma operação comprovadamente financiada pela CIA, tem o objetivo de atacar a indústria nacional, em nome dos concorrentes do imperialismo.
Como dissemos, a JBS, como qualquer outra empresa capitalista, não é nenhuma flor que se cheire. A exploração dos trabalhadores no ramo frigorífico é uma das mais brutais que existe. Mas o que está por trás das ações do Greenpeace é a sabotagem da economia nacional, não a defesa de meio ambiente, menos ainda dos trabalhadores, que para esses pseudo-ecologistas nem são relevantes.