O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), pediu demissão do cargo na tarde desta sexta-feira (2), após reunião com o presidente Lula (PT), no Palácio do Planalto, em Brasília.

A saída ocorre em meio à crise provocada pelo escândalo conhecido como “farra no INSS”, revelado na última semana. Nas últimas 24 horas, a pressão de correligionários aumentou, contribuindo para a decisão.

Na quarta-feira (30), Lula havia solicitado à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), que articulasse com o PDT uma solução para a permanência ou substituição de Lupi. Segundo a grande imprensa, a legenda deve manter o comando da pasta.

Entre os nomes cotados para assumir o ministério estaria o do deputado André Figueiredo (PDT-CE) e o ex-deputado Wolney Queiroz (PDT-PE), atual secretário-executivo da Previdência.

Operação Sem Desconto

O escândalo ganhou força após a Polícia Federal (PF) deflagrar, no dia 23 de abril, a Operação Sem Desconto. A investigação apura práticas ilegais envolvendo o desconto automático de mensalidades associativas de benefícios previdenciários pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Segundo a PF, entidades associativas e intermediárias que deveriam representar aposentados e pensionistas teriam cobrado valores indevidos, totalizando cerca de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

A operação teve repercussão imediata. O então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado, cinco servidores foram afastados e seis pessoas foram presas.

Para tentar restaurar a credibilidade do órgão, o governo federal nomeou o procurador federal Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS, que anteriormente atuou como corregedor da Procuradoria-Geral Federal, vinculada à Advocacia-Geral da União (AGU).

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Last Update: 02/05/2025