Parlamentares da base e da oposição divergiram nesta quarta-feira (30) sobre a forma de investigar a fraude bilionária no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que teria resultado em R\$ 6,3 bilhões em descontos indevidos de benefícios desde 2019, segundo denúncias da Polícia Federal.
Durante reunião do Colégio de Líderes, o líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), afirmou que já foram coletadas mais de 171 assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso. Segundo ele, apesar de haver 12 pedidos de CPI na fila, há urgência para que o tema seja investigado. “Muitas CPIs foram pedidas quando a pauta estava quente, mas isso não impede que novas comissões sejam apresentadas”, defendeu.
Atualmente, o Regimento Interno da Câmara dos Deputados permite o funcionamento simultâneo de apenas cinco CPIs. No momento, nenhuma está ativa.
Zucco também declarou que a oposição seguirá obstruindo votações enquanto o requerimento de urgência do projeto que concede anistia aos acusados de tentativa de golpe de Estado (PL 2858/22) não for analisado em Plenário.
Já o líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), defendeu as investigações em curso e afirmou que a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) estão conduzindo um trabalho sério e contundente. Para ele, uma CPI sob o comando de um deputado do PL não contribuiria com a apuração. “É um crime abjeto, a linha é investigar tudo. É bom lembrar que essa investigação começou com uma decisão do ministro da CGU”, afirmou.
Esforço concentrado e novas votações
Os líderes também discutiram a pauta da próxima semana, que será de esforço concentrado. As votações devem ocorrer entre segunda (5) e quinta-feira (8).
Entre os projetos que podem entrar na pauta está o novo marco legal das parcerias público-privadas (PL 7063/17), que unifica regras sobre concessões, PPPs e fundos de investimento em infraestrutura.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier | Edição – Wilson Silveira
Fonte: Agência Câmara de Notícias