No Brasil, milagre fiscal dura pouco e o alívio é sempre com prazo de validade. Em março, o governo federal fechou as contas no azul, algo inédito nos últimos quatro anos: um superávit de R$ 1,1 bilhão. Não é revolução, mas é acima das apostas do mercado, que previa um buraco de R$ 3 bi. A façanha vem menos por corte drástico e mais por arranjos: pagou-se menos precatórios e arrecadou-se mais. Mas não se empolgue. O número embala manchete, mas não mascara o quadro: em 12 meses, o país ainda amarga R$ 10,9 bilhões no negativo. No trimestre, o superávit acumulado é o melhor desde 2022: R$ 54,5 bilhões. O problema? Isso ainda é corrida de recuperação, não de liderança. A meta de fechar o ano com déficit zero é um malabarismo político-fiscal com plateia cética. O governo respira, mas o fôlego pode ser curto diante do desafio de zerar o déficit até dezembro. (Foto/reprodução internet)

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Last Update: 02/05/2025