A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, na noite da última terça-feira (29), o projeto de lei que trata do reajuste salarial dos servidores públicos da capital paulista.

A proposta, de autoria do prefeito Ricardo Nunes (MDB), passou em segundo turno por 34 votos a 17 e seguirá para sanção do Executivo.

O texto prevê o reajuste dividido em duas parcelas: a primeira, de 2,60%, entra em vigor no dia 1º de maio deste ano; já a segunda, de 2,55%, será aplicada a partir de maio de 2026.

A votação contou com a presença de representantes dos sindicatos dos Professores, Funcionários Municipais, Médicos e Profissionais da Educação, que demonstraram descontentamento com o índice aprovado. As entidades criticaram a proposta por não oferecer reposição acima da inflação, principalmente diante do orçamento recorde da cidade.

Estamos falando de uma cidade com orçamento previsto de R$125 bilhões para 2025, o maior da história. Não é aceitável que o funcionalismo continue sendo tratado com reajustes simbólicos”, afirmaram representantes sindicais durante os protestos no plenário.

A sessão também foi marcada por um episódio polêmico envolvendo a vereadora Cris Monteiro (Novo), que durante audiência pública realizada horas antes da votação, reagiu às manifestações do público com uma declaração que gerou forte repercussão.

“Eu escutei todos vocês calados. Enquanto vocês falaram, ninguém se manifestou. Agora, quando vem uma mulher branca aqui, falar a verdade pra vocês, vocês ficam todos nervosos”, disse a vereadora da tribuna.

Em seguida, acrescentou: “Porque uma mulher branca, bonita e rica incomoda muito vocês. Mas eu tô aqui representando uma parte importante da população”.

A fala dividiu opiniões nas redes sociais e entre os próprios vereadores. Parte da oposição classificou a declaração como elitista e provocadora, enquanto aliados defenderam o direito da vereadora de se posicionar.

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Last Update: 30/04/2025