“Nós tivemos a maior crise climática no Estado do Rio Grande do Sul”, afirmou o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS), em entrevista ao Café PT nesta quarta-feira (30). Segundo ele, o estado já vinha sofrendo com estiagens até ser devastado por fortes enchentes, que deixaram mortos, desaparecidos e milhares de desabrigados. “Esse é o maior problema da humanidade hoje: a crise climática”, alertou.
O parlamentar destacou a mobilização que resultou no resgate de 80 mil pessoas e no envio de 95 mil cestas básicas e abrigos para 62 mil cidadãos. A força-tarefa envolveu municípios, governo estadual, Exército e governo federal.
Bohn Gass ressaltou a atuação do governo Lula durante a tragédia. “O governo do presidente Lula se mostrou presente pelas ações diretas dos seus ministérios, do exército, do BNDES, de todas as estruturas.”
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Ele lembrou a criação do Ministério Extraordinário para a Reconstrução no Rio Grande do Sul, coordenado por Paulo Pimenta. “Muito já foi feito, inclusive com apoio financeiro que ultrapassará R$ 100 bilhões”, enfatizou.
Recuperação econômica acelerada
Apesar dos impactos, o deputado destacou a recuperação da economia. “O PIB nacional cresceu 3,5% e o do Rio Grande do Sul cresceu 4,9%”. Segundo ele, o resultado foi possível graças ao volume de investimentos e apoios do governo federal.
Bohn Gass ressaltou que a recuperação do solo, a reconstrução de moradias e o fortalecimento das empresas são os maiores desafios. “A terra foi levada embora”, disse, criticando a falta de preservação ambiental.
“Já entregamos 2.000 casas para atingidos pelas enchentes”. Ele também enfatizou a importância dos projetos para relocação de famílias em áreas seguras e apoio financeiro às empresas para manutenção dos empregos.
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Suspensão da dívida
Bohn Gass destacou o gesto do presidente Lula em favor do estado sobre a suspensão da dívida e investimentos para a reconstrução do estado gaúcho. A medida representa um apoio de R$ 23 bilhões, além de novos investimentos para obras de reconstrução.
“Durante 36 meses, o Rio Grande do Sul não vai pagar 1 centavo da dívida com a União. Nenhum governo anterior fez isso pelo Rio Grande do Sul, foi o presidente Lula”, afirmou.
Ainda segundo o deputado, 420 mil famílias receberam auxílio emergencial de R$ 5.100, 229 mil produtores rurais tiveram suas dívidas canceladas ou renegociadas e 66 mil empresas foram apoiadas com crédito especial do BNDES.
“O compromisso era reabrir as empresas, manter empregos e dar resposta rápida para a economia, e conseguimos”, destacou.
Investimentos em infraestrutura e transporte
Bohn Gass relatou investimentos de R$ 3,3 bilhões na recuperação de pontes, estradas e no sistema ferroviário de Porto Alegre. Também cobrou agilidade na modernização das casas de bombas e dos diques, fundamentais para prevenir novos alagamentos.
“O dinheiro está disponível. Acelerem os projetos”, alertou.
Ele destacou a aprovação do PL 4448/2024, que concede descontos e renegociação de dívidas para agricultores atingidos. Ele também relatou projetos para reconstrução de escolas públicas e unidades de saúde.
“Quem tem fome tem pressa. Quem perdeu tudo para a água também tem”, disse, ao defender a agilidade nos investimentos. “Água e solo são básicos para nosso cuidado junto com a natureza”, afirmou.
Ao encerrar a entrevista, o deputado resumiu: “União e reconstrução é o lema. Dialogar, unir esforços e reconhecer o apoio do governo federal.”
Ele ainda citou ainda o Papa Francisco para reforçar o espírito de preservação ambiental. “Precisamos cuidar da casa comum.”
“Não podemos passar novamente pelo que passamos. O governo federal está fazendo a sua parte, e agora é acelerar os projetos”.
Da Redação
