Amanhã, 1º de Maio, o Partido da Causa Operária (PCO) realizará, na capital paulista, o único ato realmente classista do Dia Internacional da Luta dos Trabalhadores. Enquanto as chamadas “centrais sindicais” transformam a data histórica em um show de música patrocinado por bancos e pela Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o PCO convoca os trabalhadores para uma manifestação independente, na Praça Oswaldo Cruz, a partir das 9h.
O ato será realizado contra a política de conciliação de classes das direções sindicais e da esquerda pequeno-burguesa. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) optou por não organizar um ato nacional, limitando-se a atividades regionais esvaziadas e, ao mesmo tempo, aceitando comparecer como “convidada” aos eventos organizados pela direita sindical. Esses atos, promovidos por entidades como a Força Sindical, UGT, CTB, CSB, Nova Central e Pública, são patrocinados pelo empresariado e pelas instituições do regime golpista. Estão completamente desvinculados das necessidades e da luta concreta da classe operária.
A mobilização deste 1º de Maio ocorre em um cenário internacional de enorme instabilidade: a crise do imperialismo, a escalada militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o agravamento da guerra no Oriente Médio e o aprofundamento da crise nos Estados Unidos, que se arrasta sob o governo de Donald Trump. A classe operária mundial começa a se movimentar, e a luta contra o regime capitalista tende a se intensificar.
No Brasil, esse processo é bloqueado pela política de colaboração com a burguesia adotada pelas direções sindicais e pelo governo Lula, que permanece atado à frente ampla. A ausência de um programa concreto de reivindicações, a recusa em organizar grandes mobilizações e o apoio aos setores da direita mostram que essas direções não representam os interesses dos trabalhadores. O que está colocado é a necessidade da independência política do proletariado.
É nesse sentido que o PCO realiza seu ato. O partido trará delegações de diversos estados, incluindo caravanas do Rio de Janeiro e do Paraná, e atuará em unidade com movimentos como a Frente Nacional de Luta (FNL) e o Movimento Popular de Moradia (MPM). Diferentemente dos atos patronais, a manifestação do PCO levanta um programa concreto e necessário para a classe operária:
- Aumento emergencial de 100% do salário mínimo e de todos os salários;
- Redução da jornada para 35 horas semanais, sem redução de salário;
- Cancelamento da dívida pública e fim do pagamento de juros ao sistema financeiro;
- Exploração soberana do petróleo nacional;
- Estatização do sistema financeiro e das empresas privatizadas;
- Fim da “independência” do Banco Central e redução imediata da taxa de juros;
- Reforma agrária com expropriação do latifúndio.
Trata-se, portanto, de um ato que resgata o verdadeiro significado do 1º de Maio: uma jornada de luta e mobilização do proletariado internacional. Um ato contra o imperialismo, contra o regime político burguês e contra seus agentes infiltrados no movimento operário.
Para participar das caravanas:
Rio de Janeiro – Luan Monteiro: (21) 96773-2721
Curitiba e região – Calebe Henrique: (15) 98823-5946
Neste 1º de Maio, não vá à festa dos patrões. Venha ao ato dos trabalhadores!