Em cerimônia realizada nesta terça-feira (29), em Brasília, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) entregou o Prêmio Nacional de Inclusão Socioeconômica. A premiação reconheceu iniciativas que contribuíram para o Brasil alcançar, em 2024, o menor patamar de desigualdade social dos últimos anos, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

De acordo com a FGV, a renda do trabalho entre os mais pobres cresceu 10,7% no último ano, valor 50% superior ao registrado entre os 10% mais ricos (6,7%). A média nacional de crescimento da renda do trabalho foi de 7,1%.

Reconhecimento a governos, empresas e sociedade civil

Criado para valorizar ações voltadas ao público do Cadastro Único, o prêmio contemplou três categorias: Inserção no Mercado de Trabalho; Empreendedorismo e Fomento; e Combate à Desigualdade. Também foram concedidas menções honrosas a organizações da sociedade civil atuantes no Programa Acredita.

Durante a cerimônia, o ministro do MDS, Wellington Dias, chamou a atenção para o fato de que, em 2024, o saldo positivo de empregos registrados pelo Caged (1,65 milhão de vagas)  registrou 98,87% de pessoas (1,63 milhão) do Bolsa Família e do Cadastro Único. “Então nunca mais ninguém diga que esse povo não quer trabalhar”, afirmou Dias. “Quer trabalhar, mas quer emprego decente.”

“O Brasil é um país que está entre as dez maiores potências do mundo, mas precisa continuar a combater a desigualdade”, afirmou o ministro, antes do evento.“Agora, temos a oportunidade de reconhecer os melhores resultados. É a premiação de um campeonato do bem.”

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Categoria Inserção no Mercado de Trabalho

Na categoria Inserção no Mercado de Trabalho, o estado do Piauí foi o grande vencedor entre aqueles que mais geraram emprego para pessoas inscritas no Cadastro Único. Também foram reconhecidos Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Amazonas e Alagoas. Entre os municípios, destacaram-se Assis Chateaubriand (PR), Sombrio (SC), Seberi (RS), Timbaúba (PE), entre outros.

As cinco empresas premiadas foram: Carrefour, Arcos Dourados (McDonald’s), AEC, Supermercado Mateus e Raia Drogasil.

Categoria Empreendedorismo e Fomento

Nessa categoria, que destacou histórias de superação e apoio ao empreendedorismo de pessoas em situação de vulnerabilidade, foram homenageados micro e pequenos empreendedores de todos os estados participantes do Programa Acredita. Entre os vencedores, estão iniciativas das cidades de Paes Landim (PI) e Lagarto (SE).

Também foram premiadas as cinco instituições financeiras que mais ofereceram crédito ao público do programa. A Agência de Fomento do Piauí (Bandespi) ficou em terceiro lugar no volume de recursos liberados, com R$ 1,42 milhão em empréstimos.

Categoria Combate à Desigualdade

Sergipe foi o primeiro colocado entre os estados no Índice Brasileiro de Empregabilidade e Mercado de Trabalho (IBEM Trabalho), com crescimento de 32,47% na renda do trabalho. Pernambuco e Bahia ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Recife liderou entre as capitais, com variação de 40,88% na renda.

Menções honrosas a organizações da sociedade civil

Dez entidades receberam menção honrosa por sua atuação no Programa Acredita, entre elas: Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal do Piauí (UFPI), Instituto Federal do Piauí (IFPI), Instituto Federal do Ceará (IFCE), Aliança Empreendedora, Fundação Capital, Sebrae, Visa, Amazon e o Conselho Regional de Administração do DF.

O Prêmio Nacional de Inclusão Socioeconômica integra o Programa Acredita no Primeiro Passo, coordenado pelo MDS.

O programa tem como foco a promoção da autonomia e da inclusão produtiva de famílias de baixa renda. Desde seu lançamento, foram ofertados R$ 726,41 milhões em crédito, alcançando cerca de 87 mil pessoas.

A lista completa dos vencedores está disponível no site: www.gov.br/mds

Da Redação, com informações do MDS

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Last Update: 29/04/2025