A Polícia Federal concluiu que Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba que atacou a sede do Supremo Tribunal Federal em novembro do ano passado, agiu sozinho. Os investigadores divulgaram nesta terça-feira 29 o relatório final das apurações, dizendo que Wanderley atuou “sem participação ou financiamento de terceiros”.
“Foram utilizados diversos meios de prova, com destaque para a análise das comunicações e dos dados bancários e fiscais; exames periciais em todos os locais vinculados aos fatos; reconstituição cronológica das ações do autor antes e durante o atentado; além da oitiva de mais de uma dezena de testemunhas”, disse a PF.
Segundo o órgão, a motivação do crime foi “extremismo político”. Com a conclusão do processo investigativo, a PF enviou o caso para o STF.
Francisco Wanderley Luiz tinha 59 anos quando cometeu o atentado na noite do dia 13 de novembro do ano passado. Ele causou uma explosão dentro de um carro que estava estacionado no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.

Peritos investigam entorno do STF, local que Francisco Wanderley Luiz explodiu bombas. Ele morreu no local ao deitar sobre um dos explosivos. Foto: Evaristo Sá/ AFP
Em seguida, o homem jogou artefatos explosivos em direção ao STF. A ação não causou grandes danos à sede do principal órgão do Judiciário, mas tirou a vida de Francisco Wanderley.
Imagens das câmeras de segurança mostraram que, durante a ação, ele se deitou em frente à estátua ‘A Justiça’. Um explosivo, então, atingiu o homem-bomba.