Donald Trump (foto/reprodução internet) apostou alto: forçar Xi Jinping a capitular pelo sufoco tarifário. O resultado? Depois de semanas de espera constrangedora por um telefonema chinês, Pequim seguiu seu próprio compasso — retirando tarifas discretamente, sem concessões estratégicas. A China não colapsou, nem cedeu como Washington previa. Quem recuou — e seguirá recuando — foram os próprios Estados Unidos. Isolado, Trump coleciona tarifas contra aliados e adversários, enquanto cresce no Congresso, entre republicanos e democratas, o movimento para limitar seus impulsos protecionistas. Em resposta ao desgaste político, ensaia populismo velho: prometeu usar a receita da guerra comercial para bancar cortes no imposto de renda — uma ideia datada, extraída do início do século passado. O mercado, que não é ingênuo, já acusou o golpe. Trump, ao que tudo indica, também.
