O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na última sexta-feira (25) com o jornalista australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks. O encontro ocorreu em Roma, durante a viagem de Lula ao Vaticano para participar do velório do papa Francisco.
Em publicação nas redes sociais, Lula destacou a importância de Assange para a liberdade de imprensa e os direitos humanos.
“Recebi na última sexta-feira (25/4), em Roma, o jornalista e programador Julian Assange. Comentamos sobre o engajamento do Papa Francisco em favor da causa da liberdade de expressão e de defesa da democracia. Foi a partir da audiência concedida pelo Papa à esposa e aos filhos de Assange, em 2023, que a campanha pela libertação do jornalista ganhou novo ímpeto”, postou Lula.
“Fiquei muito feliz em constatar que Assange está bem de saúde e está reconstruindo a sua vida familiar e profissional. Ele é um exemplo para todos que atuam em defesa da liberdade de imprensa e dos direitos humanos”.
Recebi na última sexta-feira (25/4), em Roma, o jornalista e programador Julian Assange. Comentamos sobre o engajamento do Papa Francisco em favor da causa da liberdade de expressão e de defesa da democracia. Foi a partir da audiência concedida pelo Papa à esposa e aos filhos de… pic.twitter.com/HUlrihE9XL
— Lula (@LulaOficial) April 28, 2025
Julian Assange tem 52 anos e nasceu na Austrália. Ainda na adolescência, ganhou notoriedade por suas habilidades em programação. Estudou matemática e física na Universidade de Melbourne e coassinou o livro Underground: Tales of Hacking, Madness and Obsession on the Electronic Frontier.
Ele ficou mundialmente conhecido após a fundação do WikiLeaks, plataforma que se tornou símbolo da luta pela divulgação de documentos secretos de interesse público.
O WikiLeaks foi criado em 2006 como um espaço seguro para o vazamento de informações confidenciais, utilizando técnicas de proteção de fontes. A plataforma ficou famosa em 2010 ao divulgar um vídeo mostrando um ataque de helicóptero dos Estados Unidos no Iraque que resultou na morte de 12 pessoas, incluindo civis e jornalistas.
Após enfrentar diversas acusações, Julian Assange passou sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, até ser preso em 2019. Em junho de 2024, foi libertado após firmar um acordo com a Justiça dos Estados Unidos, no qual se declarou culpado de violar a lei de espionagem americana. O tempo já cumprido em prisão foi contabilizado como pena.
Agora em liberdade, Assange reconstrói sua vida pessoal e profissional, permanecendo como uma das figuras mais emblemáticas na defesa da liberdade de expressão no século XXI.
