Nesta segunda-feira (28), um apagão de grandes proporções atingiu diversos países europeus, afetando Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Polônia, Finlândia, Bélgica, Países Baixos, Reino Unido e Andorra.
A interrupção no fornecimento de energia causou paralisações em transportes públicos, aeroportos, hospitais e sistemas de telecomunicações. Em Lisboa, o metrô foi fechado, trens foram suspensos e o aeroporto Humberto Delgado precisou ser evacuado. Hospitais recorreram a geradores, e escolas solicitaram que pais buscassem seus filhos devido à falta de energia.
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, afirmou que há possibilidade de o apagão ter sido causado por um ciberataque, embora ainda não haja confirmação oficial. “Há essa possibilidade, de fato”, disse.
As causas do ocorrido ainda estão sendo investigadas. A empresa portuguesa REN sugeriu que um incêndio no sudoeste da França, entre Perpignan e Narbonne, pode ter danificado uma linha de alta tensão, desencadeando o apagão. No entanto, a companhia francesa Réseau de Transport d’Électricité negou que o incêndio tenha relação com a falha.
Também foi levantada a possibilidade de o distúrbio ter sido causado por um fenômeno atmosférico raro conhecido como vibração atmosférica induzida.
“Devido a variações extremas de temperatura no interior de Espanha, verificaram-se oscilações anômalas nas linhas de muito alta tensão (400 kv), um fenômeno conhecido por vibração atmosférica induzida por Ging. Estas oscilações provocaram falhas de sincronização entre os sistemas elétricos, levando a perturbações sucessivas em toda a rede europeia interligada”, afirmou a REN.
O Centro Nacional de Cibersegurança de Portugal informou que, até o momento, não há indícios de que a interrupção tenha sido causada por um ataque cibernético. Entretanto, o Instituto Nacional de Cibersegurança da Espanha (INCIBE) está investigando a possibilidade.