
Durante o funeral do Papa Francisco, ocorrido no Vaticano, trouxe novos recados contra a política migratória do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A cerimônia contou com a presença de diversas autoridades internacionais, e o cardeal Giovanni Battista Re, responsável pela homilia, lembrou uma das mensagens mais recorrentes do papa argentino. Em seu discurso, Re destacou o apelo do falecido Pontífice para a construção de “pontes, e não muros”, uma frase que repetiu frequentemente durante seu papado.
O rito religioso também teve a presença do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e foi marcado por palavras que reverberaram o compromisso de Francisco com a paz. Ao se referir às falas do Papa, Re enfatizou o constante apelo do Pontífice pela busca de soluções pacíficas diante dos conflitos globais. O cardeal italiano relembrou a firme postura de Francisco diante da guerra, afirmando que a guerra resulta apenas em morte e destruição, deixando o mundo em um estado pior.
O evento, além de ser uma despedida de um dos papas mais influentes da história recente, também funcionou como um momento de reflexão sobre temas centrais abordados por Francisco ao longo de sua vida. A postura do Papa em relação à imigração e à busca incessante por soluções pacíficas em tempos de conflito são legados que marcaram sua liderança. A mensagem de que é necessário acolher e construir um mundo mais unido e menos fragmentado foi reforçada, particularmente diante da crise política e humanitária envolvendo migração.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também foi lembrado por sua presença e pelo simbolismo de sua visita ao Vaticano, em um momento de grande tensão internacional. A Ucrânia, como se sabe, atravessa um período de intensos conflitos com a Rússia, e a presença de Zelensky foi vista como uma oportunidade para destacar a posição do Papa em favor da paz e da reconciliação global.
A referência à guerra, que Francisco tantas vezes condenou, foi outro ponto central na homilia de Giovanni Battista Re. O cardeal italiano lembrou que, para o Papa, a guerra não é apenas a destruição física de territórios, mas também a morte de pessoas e a desintegração de estruturas essenciais como casas, hospitais e escolas. Ele reiterou que o impacto das guerras é duradouro e afeta o futuro das sociedades envolvidas.

No contexto atual, a mensagem do Papa Francisco sobre a necessidade de paz e solidariedade continua sendo uma pauta urgente para líderes mundiais. Suas palavras ressoam especialmente em tempos em que as divisões políticas e sociais parecem aumentar em várias partes do mundo. O funeral, portanto, não foi apenas uma cerimônia de despedida, mas também um chamado à ação para todos aqueles que compartilham da visão do Papa de um mundo mais justo e humano.
A importância de ações concretas que reflitam esses valores foi ressaltada ao longo da cerimônia, com a presença de diversas autoridades globais que reconhecem o impacto da liderança de Francisco. Seu legado não se limita ao âmbito religioso, mas alcança esferas políticas e sociais, sendo um símbolo de resistência a discursos de ódio e intolerância.
O evento também trouxe à tona as tensões políticas atuais, especialmente no que diz respeito à imigração e aos direitos humanos. A declaração sobre construir pontes e não muros faz referência direta às políticas de isolamento e fechamento de fronteiras promovidas por líderes como Donald Trump, que foram amplamente criticadas por diversos setores da sociedade.
Em resumo, o funeral do Papa Francisco no Vaticano não só foi uma oportunidade para homenagear sua vida e legado, mas também para reafirmar as bandeiras hasteadas durante seu pontificado. A busca pela paz, a acolhida aos migrantes e a crítica à guerra e à destruição continuam a ser pontos centrais de seu discurso, ecoando com força na política global atual.
Veja o discurso do cardeal durante o funeral:
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