
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quarta-feira (24) prisão domiciliar humanitária ao indígena bolsonarista José Acácio Sererê Xavante, conhecido como cacique Sererê. A decisão ocorre quatro meses após sua prisão ao tentar fugir para a Argentina, descumprindo medidas judiciais anteriores.
A defesa do cacique argumentou que ele sofre de diabetes agravada, o que tem afetado seriamente sua visão. Moraes considerou que o diagnóstico médico representa uma “situação excepcional e superveniente”, autorizando a substituição da prisão por regime domiciliar com restrições severas.
“O diagnóstico médico, portanto, configura importante situação superveniente a autorizar a excepcional concessão de prisão domiciliar humanitária”, escreveu o ministro.
Sererê já havia violado a tornozeleira eletrônica em 2023 e fugido do país. Foi preso pela Polícia Federal em dezembro de 2023, na fronteira com a Argentina. O indígena é réu no STF por envolvimento em atos antidemocráticos em 2022, tendo sido apontado como um dos líderes da tentativa de invasão à sede da Polícia Federal em Brasília.
Na época, Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou sua prisão temporária sob suspeita de ameaças e perseguição ao então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.
A prisão de Sererê em 2022 inflamou apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, grupos radicais incendiaram carros e tentaram invadir a sede da PF na capital federal, gerando confronto com as forças de segurança.
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