Antes de abrir novas unidades, investir em franquias ou adotar novos canais de venda, o empreendedor precisa avaliar diversos pontos estratégicos.

A recomendação é de Haroldo Matsumoto, sócio e diretor da Prosphera Educação Corporativa, consultoria especializada em gestão de negócios.

Ele destaca que a expansão envolve riscos e exige planejamento detalhado, tanto do ponto de vista financeiro quanto operacional.

1. Estudo de mercado

O primeiro passo é verificar se existe demanda real para o produto ou serviço em outras regiões.

Isso envolve a análise da concorrência local, direta ou indireta, e das vantagens competitivas que a empresa pode apresentar.

Além disso, é necessário observar tendências de consumo, mudanças no comportamento do cliente e avanços tecnológicos que possam impactar o desempenho da operação.

2. Capacidade financeira

Matsumoto alerta que o investimento inicial não deve comprometer o caixa da operação atual.

Custos com marketing, infraestrutura, equipe e logística precisam estar previstos com clareza.

A recomendação é manter separados os recursos voltados à expansão e os destinados à operação atual.

3. Escalabilidade do modelo de negócio

Outro ponto importante é avaliar se o modelo pode ser replicado sem perder eficiência ou identidade.

Processos bem definidos e padronizados ajudam a garantir a consistência em diferentes unidades.

Negócios com alta dependência de personalização ou de presença do fundador podem encontrar dificuldades para escalar.

4. Estratégias de marketing adaptadas

É necessário traçar um plano de marketing específico para o novo mercado.

Isso inclui análise de preços, escolha dos canais de distribuição e construção de uma comunicação adequada ao perfil do novo público.

Aspectos culturais, regionais e de comportamento devem ser considerados para fortalecer o vínculo com os consumidores locais.

5. Infraestrutura e logística

A empresa precisa assegurar que terá condições operacionais para atender à nova demanda.

Isso vale para transporte, armazenamento, entrega e atendimento.

Negócios que trabalham com produtos físicos devem prever estruturas logísticas que mantenham a eficiência.

6. Recursos humanos e cultura organizacional

A expansão geralmente exige aumento da equipe e investimentos em capacitação.

É importante garantir que os novos times assimilem a cultura da empresa e mantenham os padrões de atendimento e operação.

A coesão entre unidades fortalece a imagem da marca e contribui para o desempenho do negócio.

7. Análise de riscos

A avaliação deve considerar fatores externos como instabilidade econômica, variações cambiais e riscos políticos.

Também entram em pauta os riscos operacionais, como falhas de fornecimento, aumento de custos ou problemas logísticos.

Ter um plano de contingência ajuda a mitigar prejuízos em situações imprevistas.

8. Reputação da marca

É essencial que a empresa esteja bem posicionada no mercado atual antes de buscar novos territórios.

A expansão deve reforçar a imagem da marca, e não comprometer sua credibilidade.

A identidade e os valores da empresa precisam ser preservados em todos os pontos de contato com o consumidor.

9. Estrutura tecnológica e inovação

A base tecnológica da empresa também deve ser avaliada.

Sistemas de gestão, CRM, plataformas de e-commerce e outras ferramentas precisam estar preparados para a expansão.

A adaptação ou inovação nos produtos e serviços pode ser necessária para atender melhor o novo público.

10. Viabilidade e retorno sobre o investimento

Por fim, a empresa deve testar o novo mercado, ajustar estratégias e medir os resultados com precisão.

Estimar o tempo necessário para alcançar a lucratividade é essencial para tomar decisões mais seguras.

Segundo Matsumoto, calcular o retorno sobre o investimento ajuda a validar o projeto e direcionar os recursos de forma eficiente.

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Last Update: 25/04/2025