Uma personalidade muito comum nos dias de hoje é a do jornalista sionista, ou o contrário, tanto faz. Esse é o caso de Ricardo Kertzman, que, além de jornalista, é empresário, tendo “passagens” pelo jornal O Antagonista e pela revista IstoÉ, dentre outros. Realmente são passagens, no dizer popular.
O sionismo de Kertzman é antigo. Ainda em novembro de 2022, o site Instituto da Cultura Árabe já denunciava que o jornalista, em uma determinada oportunidade, chamou os palestinos de “gente imunda”.
O fato é que, em razão de pedido realizado pela vereadora Marcela Trópia, do Novo, a Câmara Municipal de Belo Horizonte sediou um evento em memória das vítimas do nazismo, e, em razão da presença de sionistas, um grupo de pessoas protestou, chamando-os de assassinos, em razão do massacre na faixa de Gaza.
Segundo o jornalista-sionista, era “incompreensível, injusta e doída a manifestação de cerca de duas dezenas de ativistas antissemitas em frente à CMBH”.
Como bom jornalista da burguesia, essa é a primeira mentira da matéria. Não eram ativistas antissemitas. Na realidade, não existe antissemitismo no Brasil, ou seja, um grupo que prega a morte ou preconceito contra judeus. A comunidade judaica no país é enorme e mal dá para saber quem é ou não descendente de judeu.
Usando da safadeza jornalística usual, a comparação com o antissemitismo é usada para esconder o que o Estado de “Israel” está fazendo na Palestina. Sob esse pretexto, todos que denunciarem o genocídio do povo palestino estão sendo acusados e processados por antissemitismo.
“Em meio ao drama humanitário em curso, causado pela invasão bárbara do grupo terrorista Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, a empatia israelense pelos mortos, feridos e desabrigados em Gaza jamais deixou de ser expressada”, afirma.
Outra mentira. O drama em curso está sendo causado exclusivamente pelas forças militares de “Israel”, que executaram, por meio de bombas, mais de 45 mil pessoas, entre mulheres e crianças; destruíram escolas, hospitais e templos religiosos e impuseram um apartheid contra os palestinos.
Destaque-se que são as forças militares de “Israel” e o Estado israelense que estão no comando desse genocídio. O estado de “Israel” e o povo judeu são coisas completamente distintas.
Já o Hamas, como demonstrado por este Diário, inclusive através de comitiva internacional e publicações diversas, não é um grupo terrorista. Nem o Estado brasileiro, e nem mesmo a ONU afirmam que o Hamas é terrorista. Pelo contrário, o Hamas é um partido político palestino, com amplo apoio popular, e um braço armado, a destemida Brigadas Al-Qassam, que luta contra o genocídio em ação clara de autodefesa.
O jornalista-sionista continua:
“A história de perseguição, opressão e tentativa de extermínio dos judeus é mais que conhecida. O que pouca gente sabe, infelizmente, é que jamais, em tempo algum, judeus – e Israel – atacaram qualquer povo, ou nação, sem ser em defesa própria.”
Aqui é o que todo mundo sabe. Que os judeus não atacaram o povo palestino, mas o estado de “Israel” sim, e é um martírio que dura quase um século, no qual crimes de guerra foram cometidos pelas forças sionistas todos os dias.
“São raros os casos de intolerância em Israel, restritos a pequenos grupos de religiosos e políticos ultraortodoxos. A maioria absoluta da população apoia a efetiva constituição de um estado palestino independente e livre do Hamas”.
São vários os protestos de judeus contra o que o Estado de “Israel” está fazendo na Palestina. Protestos que evidenciam, por outro lado, a derrota iminente das forças armadas israelenses. Agora, que o povo judeu queira um estado palestino livre do Hamas é outra ilação desprovida de provas do jornalista-sionista Ricardo Kertzman. A Palestina é o Hamas, e vice-versa.
“Por isso, incompreensível, injusta e doída a manifestação de duas dezenas de ativistas antissemitas em frente à CMBH antes da cerimônia, hostilizando os judeus presentes, aos gritos de ‘assassinos’. Imaginem os judeus devolvendo: ‘terroristas’.”
Aqui é o preço que se paga em razão do que tem feito “Israel” na Palestina. As medidas dos sionistas contra o povo palestino obviamente acirra os ânimos em todo o mundo contra qualquer evento judeu. E isso é natural. Quase 50 mil pessoas executadas vai gerar toda forma de reação. Ou seja, ao invés de ajudar o povo judeu, o que faz “Israel” é piorar a situação desse povo. Também por isso os protestos em Telavive contra o genocídio cometido pelos sionistas.
“Tal cena, felizmente, ficará restrita à imaginação, já que inconfundível bárbaros que estupram, espancam, torturam, queimam e decapitam idosos, mulheres e bebês com palestinos impotentes subjugados – justamente por estes selvagens”.
Mais mentiras. Nunca foram provadas quaisquer alegações dessa natureza, seja contra palestinos, seja contra o Hamas e outras organizações que fazem a defesa do povo palestino. Como jornalista, Kertzman é um ótimo mentiroso.
“Um judeu não odeia, portanto, um palestino, nem quer o seu mal. Judeus, notadamente os israelenses – inclusive cristãos e muçulmanos -, combatem, como a única forma de sobrevivência, antissemitas, terroristas ou não”.
Não se está combatendo “antissemitas”, está se promovendo o maior genocídio da história atual, com a complacência de quase todos os governos do mundo, que observam o genocídio, o criminoso de guerra Benjamin Netaniahu, e nada fazem.
“Que esta ‘meia dúzia de gatos pingados’ que tentaram vilipendiar a memória dos mortos pelo nazismo – como se o próprio fato não fosse bastante ao ódio que têm por judeus -, encontrem, um dia, um bom livro de história e alguma paz de espírito”.
O jornalista-sionista desconhece por completa a história do povo palestino e da ficção que é o Estado de “Israel”. Em sua conclusão, afirma que existe um “ódio contra judeus”, o que é mentira. Inclusive, denunciando a fraude do jornalista-sionista, uma das faixas que estavam neste protesto denunciava: “Holocausto Nunca Mais – Século XX: judeus, ciganos, comunistas, homossexuais – Século XXI: todo o povo palestino”.
Em depoimento, um dos manifestantes disse:
“Nós viemos porque nós achamos legítima a homenagem às vítimas da Segunda Guerra Mundial. Nós condenamos o holocausto que foi provocado na Segunda Guerra Mundial. E trouxemos faixas e imagens lembrando também do holocausto da atualidade”.
Ou seja, as afirmações do jornalista-sionista Kertzman são, de todo, mentirosas, como podia se esperar de um réptil da imprensa capitalista tradicional. E os manifestantes agiram certo em protestar em defesa dos palestinos. São pessoas que se solidarizam com as vítimas do maior martírio da história recente, e toda pessoa com um pouco de humanidade deve protestar, defender os palestinos e suas organizações de luta, como é o caso do Hamas.