Quilombo das Rosas (PSTU Zona Leste/São Paulo)

Bruna Oliveira da Silva, de 28 anos, era uma jovem mestranda do curso de Mudança Social e Participação na EACH-USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades), USP-Leste, onde já era graduada em Turismo.

A jovem desapareceu na noite do dia 13 de abril, domingo, quando estava voltando para casa, ao desembarcar nas dependências do metrô/terminal Corinthians -Itaquera na Zona Leste de São Paulo.

Seu corpo foi encontrado em um terreno próximo a estação no dia 17, quinta feira, com vestígios de violência e, após investigações foi constatada a morte por asfixia e estrangulamento.

Bruna era mãe, estudante, filha, amiga. Bruna era como uma de nós mulheres da classe trabalhadora. Uma mulher que lutava por seus ideais, contra o machismo, e por uma sociedade melhor.

Queremos prestar toda nossa solidariedade à família e amigos da Bruna e clamar por justiça!

Justiça por todas as mulheres mortas por essa sociedade doente e por esse sistema falido que é o capitalismo.

Todos os dias mulheres são vítimas de crimes, e morrem simplesmente por serem mulheres. Mulheres que não podem andar na rua tranquilas, pois independente do horário correm risco de vida, e podem ser mortas a qualquer momento pelo machismo.

Nos tiram tudo. Nos tiram o direito de decidir sobre quem somos, quem queremos ser. Nos tiram o direito de decidir sobre nossos corpos, se queremos ou não ter filhos, sobre o que vamos vestir, sobre que horas vamos sair, e que horas devemos voltar; e até mesmo se voltaremos ou não.

Enquanto isso, os privilégios dos ricos e poderosos protegem somente quem eles querem, a hora que querem, no momento que lhes convém.

 

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Contra nossos direitos e nossa autonomia como seres humanos estão juntos também todos os governos e instituições: Lula/Alckmin, Tarcísio, Ricardo Nunes, Parlamentos e Sistema Judiciário, que fazem das leis letra morta, como a Lei Maria da Penha e as mulheres assassinadas com medida protetiva nas mãos, que reduzem as verbas para combater a violência ou não as aplicam, que se omitem ou agem para impedir, por exemplo, o aborto legal, criminalizando principalmente trabalhadoras, crianças e adolescentes vulneráveis e mulheres pobres.

Enquanto houver capitalismo, haverá machismo. E enquanto houver machismo, mulheres não terão paz.

Por uma sociedade em que as mulheres sejam livres, plenas e felizes! Que as mulheres tenham vida digna, saúde, educação, segurança públicas e de qualidade.

Bruna, presente! Hoje e sempre!

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Governo Lula,

Last Update: 24/04/2025