O Brasil está renovando sua estrutura produtiva e dando novos passos rumo ao crescimento. É o que mostram os dados do Indicador Ipea de Investimento Líquido e Estoque de Capital, divulgados na última quarta-feira (23/4). Segundo o levantamento, o estoque de capital do país aumentou 1,5%, enquanto a depreciação caiu 5,1%. É o melhor resultado desde 2014 e quase três vezes maior que o de 2023, de 0,6%.

O estoque de capital é o conjunto de bens duráveis usados para produzir bens e serviços: máquinas, equipamentos, infraestrutura. Quando ele cresce, significa que o país está aumentando sua capacidade de produzir, com mais qualidade. Isso se traduz em empregos melhores, mais inovação e empresas mais competitivas.

Esse avanço não veio sozinho. A depreciação, medida de quanto o estoque se deteriora com o tempo, teve redução significativa. Ou seja, não apenas estamos investindo mais, como também estamos perdendo menos. Essa virada é o que os economistas chamam de “duplo impulso” para o crescimento sustentável.

Mais dados positivos

Outro ponto relevante do estudo do Ipea: os investimentos brutos no país cresceram 6,9% no acumulado de doze meses. Isso inclui gastos com obras, máquinas e outros bens de capital. Esse fato não apenas aquece a economia no curto prazo, mas deixa um legado em forma de estradas, fábricas, sistemas logísticos, energia limpa.

Mas talvez o dado mais relevante do indicador seja o fato de que o investimento líquido – que considera o quanto se acumulou em termos de capital novo, descontando o que se perdeu com a depreciação – aumentou 150% no ano passado. Um salto que não se via há tempos.

O setor de máquinas e equipamentos também inverteu a tendência. Saiu de um déficit de quase R$ 120 bilhões no fim de 2023 para um resultado positivo de R$ 17 bilhões em dezembro passado, mostrando que o país voltou a renovar sua base produtiva.

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Programa de depreciação acelerada

Por trás desse crescimento apontado pelo Ipea estão as políticas públicas que vêm sendo implementadas pelo governo Lula. A depreciação acelerada, medida que integra o programa Nova Indústria Brasil, tem funcionado como estímulo direto para as empresas modernizarem seu maquinário. Na prática, permite que os empresários deduzam mais rapidamente do imposto de renda o valor investido em bens de capital, reduzindo o custo da renovação tecnológica e acelerando o retorno sobre o investimento.

A medida já mostra seus efeitos, especialmente na indústria, que volta a crescer após anos de retração. São mais equipamentos novos, mais produtividade, mais empregos de qualidade. É um ciclo virtuoso que interessa a todos: à empresa que reduz custos, ao trabalhador que ganha um posto mais qualificado, ao consumidor que recebe um produto melhor e ao país, que avança na construção de um crescimento igualitário e duradouro.

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Last Update: 24/04/2025