A China acusou nas Nações Unidas, nesta quarta-feira 23, o governo de Donald Trump de utilizar “chantagem” e “intimidação” no setor comercial, alegações que os Estados Unidos rejeitam.
“O unilateralismo está aumentando e as práticas de intimidação estão se generalizando (…), em desafio flagrante da ordem internacional”, que “ameaça a paz e a estabilidade mundiais”, declarou o embaixador chinês, Fu Cong, em uma reunião do Conselho de Segurança sobre “práticas de intimidação nas relações internacionais”.
Fu acusou Washington de, à medida que impõe tarifas “com diversos pretextos a todos os seus parceiros comerciais”, estar “perturbando gravemente a ordem econômica mundial”.
Com o pretexto da “reciprocidade” e da “justiça”, os EUA situam seus interesses “acima do bem comum da comunidade internacional”, denunciou, antes de exigir ao mundo que escolhesse entre o respeito às “regras básicas” das relações internacionais e o retorno “à lei da selva, na qual os fortes atacam os fracos”.
“Nenhuma forma de pressão, ameaça ou chantagem é a maneira correta de lidar com a China”, declarou.
A representante americana no Conselho, Ting Wu, rejeitou estas acusações.
“O mundo deveria olhar as ações da China, não para suas acusações vazias, ao julgar suas contribuições para o sistema internacional”, declarou antes de acusar Pequim de implantar “práticas comerciais unilaterais e injustas” por “muito tempo” e de usar sua ajuda internacional como “uma arma” para “intimidar” os países em desenvolvimento.