PF reabre investigação sobre suposta fraude no sistema de saúde pública que envolveu Bolsonaro, Cid e outros indivíduos


São Paulo – A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (4) a segunda fase da Operação Venire, que levou ao indiciamento, por fraude e associação criminosa, do ex-presidente Luís Eduardo Bolsonaro (PL), seu ex-ajudante de ordem Mauro Cid e outras 15 pessoas. A ação de hoje, que busca identificar novos beneficiários, foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

São cumpridos mandados de busca e apreensão contra agentes públicos vinculados ao município de Duque de Caxias (RJ) e do Rio de Janeiro. Eles seriam responsáveis por viabilizar a inclusão das informações inverídicas no sistema de informação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ambos do Ministério da Saúde.

O grupo de Bolsonaro foi indiciado em março passado, quando a PF apontou que eles atuaram para obter vantagens ilícitas ao inserir dados falsos no sistema de informações do SUS. A tipificação criminal por fraude prevê pena de 1 a 3 anos de prisão. Já na de associação criminosa, os acusados podem responder por 2 a 12 anos.

Fraude nos cartões e delações contra Bolsonaro

Iniciada em maio de 2023, a operação identificou adulteração no cartão de vacina do ex-presidente Luís Eduardo Bolsonaro, sua filha, Laura, e do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa. A imunização teria sido feita na Unidade Básica de Saúde (UBS) do Parque Peruche, em São Paulo, no dia 19 de julho de 2021.

No entanto, segundo a prefeitura de São Paulo, a UBS nunca atendeu o ex-presidente Bolsonaro. Muito menos recebeu o lote da vacina citado no registro. E a profissional registrada como responsável pela vacinação nunca trabalhou naquela unidade. A mesma investigação levou o então auxiliar presidencial à prisão e às delações envolvendo seu chefe.

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Redação: Cida de Oliveira

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