Nesta segunda-feira (21), Nikolay Patrushev, assessor do presidente da Rússia, Vladimir Putin, denunciou que a União Europeia e o Reino Unido estão se preparando para impor um bloqueio naval contra a Federação Russa.
Além de assessor de Putin, Patrushev também preside o Conselho Marítimo da Rússia. Em entrevista ao jornal russo Kommersant, declarou: “o Ocidente coletivo não esconde mais suas intenções de expulsar nossos navios dos mares, enquanto os planos de sanções cogitados, por exemplo, pelos britânicos e por alguns membros da UE, se assemelham cada vez mais a um bloqueio marítimo” — o que representaria uma escalada em relação às restrições que o imperialismo já impõe à Federação.
Segundo a emissora russa (RT), nos últimos meses, a Marinha britânica vem monitorando embarcações russas próximas ao território marítimo do Reino Unido, sob falsas alegações de ameaça à sua segurança nacional. Algo semelhante ocorre no Mar Báltico. Utilizando como pretexto rupturas em infraestruturas submarinas locais, o imperialismo e os países bálticos (lacaios do imperialismo) fazem acusações infundadas contra a Rússia, o que tem servido de justificativa para o aumento da presença da OTAN na região.
Diante dos planos de bloqueio, Patrushev alertou que Moscou possui uma frota suficientemente poderosa para responder a qualquer movimento dessa natureza, acrescentando que medidas de bloqueio “receberiam uma resposta adequada e proporcional”. Foi enfático ao afirmar: “Se os instrumentos diplomáticos ou legais não entrarem em vigor, a segurança da navegação russa será garantida pela nossa Marinha. Os impetuosos em Londres ou Bruxelas precisam entender isso claramente.”
O assessor da presidência russa também informou que está em curso uma modernização da frota naval do País, “incluindo o desenvolvimento e a implantação de sistemas não tripulados, além do aprimoramento das táticas navais”, ressaltando que a Rússia não pretende se envolver em uma “corrida armamentista naval”, conforme noticiado pela RT.