A defesa do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) pediu que o Supremo Tribunal Federal rejeite a notícia-crime protocolada em março pela ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, por injúria e difamação.
O processo foi protocolado no STF após, Gayer usar suas redes sociais para perguntar ao líder da bancada petista na Casa, Lindbergh Farias (RJ), se ele aceita que Lula “ofereça” Gleisi, sua namorada, aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
O bolsonarista se manifestou após Lula dizer que escolheu uma “mulher bonita” para chefiar a articulação política com o Congresso Nacional. O deputado do PL comparou o chefe do Executivo a um “cafetão” que oferece a um cliente uma “garota de programa”.
Em sua manifestação, a defesa de Gayer alega que o deputado não teve intenção de ofender a ex-presidenta do PT e que seria amparado pela imunidade parlamentar para realizar críticas à política.
Segundo os advogados, as falas seriam apenas “uma investida crítica, própria da arena política marcada por uma forte bipolaridade ideológica, como nos tempos atuais”, diz o documento.
Na sua queixa-crime, Gleisi pede que o bolsonarista seja condenado por difamação e injúria e pague uma reparação de 30 mil reais por danos morais. O relator do caso é o ministro Luiz Fux, que pode decidir individualmente ou submeter o tema ao plenário.
Além de Gleisi, Lindbergh entrou com duas ações na Justiça contra o deputado, uma no STF e outra na Procuradoria Geral da República. O PT, por sua vez, acionou o Conselho de Ética da Câmara para pedir a cassação de Gayer.