
O Ministério Público de São Paulo acaba de abrir inquérito para apurar responsabilidade da Sabesp na poluição das represas Billings e Guarapiranga — fontes de abastecimento de mais de 5 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Moradores denunciam mau cheiro, cor escura da água e abandono crônico do poder público. A Sabesp correu para dizer que “não é a única responsável”. Mas quem terceiriza, corta custo e transforma saneamento em negócio precisa responder pelo resultado.
O que está em jogo
– Saúde coletiva — aumento de doenças hídricas quando esgoto sem tratamento chega ao reservatório.
– Segurança hídrica — cada litro contaminado pressiona ainda mais o sistema já fragilizado de abastecimento.
– Transparência zero — MP aponta falta de divulgação clara dos dados de qualidade da água pela companhia.
Privatização + corte de verbas = meio ambiente degradado
Desde que o Estado iniciou o processo de desmonte e venda da Sabesp, vimos explodir terceirizações, precarização de estações de tratamento e redução de equipes de fiscalização. Na ponta, isso significa:
- Menos manutenção de redes coletoras → mais esgoto in natura nos cursos d’água.
- Contratos privados buscando lucro rápido → investimentos ambientais postergados.
- Comunidades ribeirinhas abandonadas → lixo e ligações clandestinas sem solução.
O Sintaema vem denunciando há anos a escalada de degradação ambiental potencializada pela lógica de mercado. Água e esgoto não podem ser tratados como mercadoria.
Por isso, o Sindicato destaca que seguirá:
- Acompanhando o inquérito do MP e solicitando ingresso como parte interessada para apresentar nossos laudos e denúncias;
2. Exigindo transparência imediata nos relatórios de qualidade da água publicados pela Sabesp;
3. Cobrando plano emergencial de despoluição com metas, prazos e orçamento públicos — nada de repassar a conta aos usuários;
4. E estamos cobrando mais contratações de trabalhadores diretos da empresa, e não de terceirizadas.
“Quando o lucro dita as regras, o rio vira latrina e o trabalhador, bode expiatório. Nossa luta é pela água como direto e não como mercadoria para o lucro”, afirma a direção do Sintaema.
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