Na última segunda-feira, o programa apresentado pelas jornalistas Dayane Santos na TV 247 promoveu um debate enriquecedor sobre o legado do Papa Francisco, abordando o impacto de suas ações e posicionamentos diante da onda conservadora que tem dominado o cenário global. O tema da live foi: “O legado do Papa Francisco vai resistir à onda conservadora?”, e contou com a presença de renomados convidados, incluindo Adilson Araujo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil); Manuel Domingos, historiador e pesquisador na área das Forças Armadas; e os jornalistas Paulo Moreira Leite e Eduardo Guimarães.
O Desafio do Papa em Tempos de Conflitos
Durante o programa, Dayane Santos questionou Adilson Araujo sobre o impacto do Papa Francisco no mundo atual, repleto de conflitos e tensões políticas. “Como você recebe essa notícia? Qual apelo tem o Papa no mundo com tantos conflitos?”, perguntou a jornalista.
A resposta de Adilson foi incisiva e repleta de reflexões. Ele destacou o papel crucial que o Papa Francisco desempenhou ao longo de seu pontificado, especialmente em tempos de grande polarização e crise. Segundo Araujo, “a humanidade acorda no dia de hoje entristecida, o Papa Francisco cumpriu uma importante missão. A luz dos problemas contemporâneos passou pelo Papa, e ele foi um revolucionário em seu tempo.”
Ele seguiu explicando que, ao longo de seu pontificado, o Papa Francisco enfrentou não apenas questões internas da Igreja Católica e problemas institucionais do Vaticano, mas também se posicionou de maneira clara e firme sobre temas que afligem a sociedade contemporânea. Araujo apontou como o Papa abordou com empatia questões cruciais como a desigualdade social, as guerras em várias partes do mundo e, especialmente, sua solidariedade ao povo palestino.
“O Papa Francisco sempre se destacou pelo olhar voltado para os mais marginalizados. Sua solidariedade com o povo palestino, sua postura frente às desigualdades sociais, e sua crítica ao capitalismo desenfreado, desenham de maneira emblemática o sentimento de seu pontificado”, afirmou Adilson.
Ele ainda ressaltou o caráter latino-americano de Francisco, dizendo que o Papa “sempre teve um olhar especial para a realidade de nosso continente e para os desafios enfrentados pelos povos da América Latina.” Para Araujo, quem sonha com um mundo mais humano e menos desigual, certamente vê o pontificado de Francisco como um símbolo de resistência e esperança.
Neste contexto, o legado de Francisco é mais do que uma herança religiosa: é também um símbolo de resistência, compaixão e luta por justiça social. O Papa, como muitos apontaram durante a live, não apenas desafia a Igreja Católica a se atualizar, mas também desafia o mundo a refletir sobre o futuro que queremos construir, especialmente em tempos tão turbulentos.
