A extrema-direita católica já se articula para influenciar a sucessão no Vaticano, tentando barrar a continuidade da agenda progressista do Papa Francisco.

Com a morte de pontífice, as movimentações se intensificam. Segundo o teólogo Massimo Faggioli, da Universidade Villanova (EUA), já circulam em sites anônimos nomes de possíveis sucessores ligados à ala mais conservadora do clero. A informação é do jornalista Jamil Chade, no UOL.

A campanha de desinformação

Dentro da Santa Sé, cresce a preocupação com a influência de campanhas de desinformação sobre o processo de escolha. Um religioso brasileiro, sob anonimato, afirmou que o isolamento dos cardeais durante o conclave será mais necessário do que nunca.

Além disso, grupos ultraconservadores, especialmente nos Estados Unidos e Europa, passaram os últimos anos atacando o pontífice por sua atuação pastoral voltada a temas sociais, críticas ao capitalismo e defesa dos marginalizados.

Figuras como os cardeais George Pell e Gerhard Müller, por exemplo, lideraram ofensivas públicas contra Francisco, acusando-o de abandonar a doutrina tradicional da Igreja. Para Müller, a condução do papa representava uma “aquisição hostil” da Igreja de Jesus Cristo.

O Papa Francisco morreu às 7h35 desta segunda-feira (21), em Roma. O anúncio foi feito pelo camerlengo da Casa Santa Marta, cardeal Kevin Farrell. No domingo (20), Francisco ainda apareceu na sacada da Basílica de São Pedro para a tradicional mensagem de Páscoa.

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Last Update: 21/04/2025