O ano de 2014 marcou uma inflexão histórica nas finanças públicas do Brasil. Após mais de uma década de superávits primários — quando o governo arrecadava mais do que gastava, sem contar os juros da dívida — o país entrou no vermelho. De um superávit de R$ 91,3 bilhões em 2013, passamos a um déficit de R$ 32,5 bilhões no ano seguinte. Isso significa que, a partir de 2014, o governo não pagou suas contas básicas — como salários, aposentadorias e serviços públicos — apenas com o que arrecadou de impostos.; o Brasil jamais conseguiu retomar de forma consistente o superávit, com exceção de 2022, quando registrou um respiro tímido de 0,6% do PIB. A deterioração das contas públicas foi fruto de decisões políticas equivocadas, desonerações mal calibradas e expansão de gastos sem a devida contrapartida em receitas. O rombo de 2014 não foi apenas contábil — foi simbólico. Ali começou o desmanche da credibilidade fiscal do país. E seguimos pagando essa conta. (Foto/reprodução internet)

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Last Update: 21/04/2025