
Lideranças do Centrão já se movimentam nos bastidores com foco na eleição presidencial de 2026. Inelegível e sob risco de prisão, Jair Bolsonaro (PL) deve transferir seu capital político a um aliado de confiança. Com informações do Estadão.
O nome que mais agrada ao grupo é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visto como equilibrado, tecnicamente preparado e com bom trânsito político. Outros governadores da direita também observam a movimentação e tentam se viabilizar como alternativas.
A expectativa entre dirigentes da direita é que Bolsonaro tenha um “surto de sanidade” — expressão usada por duas das principais lideranças do campo conservador — e escolha Tarcísio como seu herdeiro político. A frase circula com força nos bastidores, refletindo o desejo por um perfil mais pragmático e dialogável.
Já Eduardo Bolsonaro enfrenta forte resistência. Interlocutores afirmam que ele tem dificuldades de articulação, é considerado inflexível e pouco afeito ao diálogo político. “Ninguém consegue conversar com ele”, disse um líder do Centrão. A principal preocupação é que, caso eleito, Eduardo entre em confronto direto com o Congresso, gerando instabilidade e afastando apoios estratégicos.

Apesar das constantes polêmicas, Jair Bolsonaro evitou romper com o Legislativo durante seu mandato. Já entre seus aliados, há o receio de que Eduardo Bolsonaro adote uma postura diferente, marcada por confrontos e retaliações.
Licenciado desde março, Eduardo está afastado do cenário político e passou a viver nos Estados Unidos. Nos bastidores, cresce a percepção de que ele não pretende retornar ao Brasil tão cedo.
Parte da direita acredita que o deputado teme uma possível apreensão de passaporte — medida que pode ser determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Eduardo é investigado por suposta articulação com autoridades americanas contra a soberania nacional.
Diante desse cenário de incerteza, as principais lideranças da direita trabalham por um nome mais viável para 2026. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, desponta como favorito, amparado por sua experiência administrativa e perfil moderado. Para muitos, ele representa a chance de manter vivo o projeto político do bolsonarismo — ainda que sem a presença direta de Jair Bolsonaro.
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