
Familiares de presos pelos atos terroristas de 8 de janeiro começaram a buscar apoio de parlamentares bolsonaristas com o que chamam de “solução Glauber Braga” para pressionar pela aprovação do Projeto de Lei da Anistia, conforme informações do blog de Débora Bergamasco, da CNN Brasil.
A estratégia inclui iniciar uma greve de fome dentro do Congresso Nacional, ao lado de deputados aliados, com o objetivo de pressionar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar com urgência a proposta que concede anistia aos condenados pelo plano de golpe de Estado.
A movimentação dos familiares foi motivada pela decisão de Hugo Motta, que cedeu à greve de fome de nove dias do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ).

Na última quinta-feira (17), o presidente da Câmara anunciou que não colocará a decisão do Conselho de Ética em votação no plenário pelos próximos 60 dias. O colegiado havia aprovado a perda de mandato de Glauber por quebra de decoro, após o parlamentar expulsar, a chutes, um militante do MBL de dentro da Câmara, em 2024.
“Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar. Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, declarou Motta.
Em diálogo com a deputada @samiabomfim (PSOL/SP) e o líder do PT, @lindberghfarias (RJ), avançamos para o fim da greve de fome do deputado @Glauber_Braga (PSOL/RJ).
Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao Plenário da…
— Hugo Motta (@HugoMottaPB) April 17, 2025
Durante o protesto, Glauber se alimentava apenas com soro, isotônico e água. Acompanhado por uma equipe médica, perdeu 4,6 kg e relatava dores de cabeça e desconforto abdominal nos últimos dias, segundo sua assessoria.
O parlamentar recebeu apoio de ministros do governo Lula, deputados aliados, sindicalistas, movimentos sociais e até de um bolsonarista: Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), único da bancada do partido que não assinou o requerimento de urgência pela anistia.
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