Empresário Eduardo Gomes. Foto: reprodução

O Ministério Público do Trabalho (MPT) está investigando a G4 Educação, empresa fundada pelo empresário Eduardo Gomes, após diversas denúncias de assédio moral e jornadas exaustivas em ambiente corporativo. Desde a última terça, o CEO da empresa, está sendo alvo de críticas por declarações polêmicas sobre suas políticas de contratação e gestão.

Gomes viralizou nas redes sociais por afirmar que não contrata “pessoas com ideias conservadoras” por serem “mimizentos” e “não trabalham duro”. O CEO se apresenta como um “especialista em gestão” com a “missão de transformar a realidade cultural e socioeconômica do país através da educação empreendedora”.

Em participação no podcast “Café com Ferri”, o empresário também criticou o home office, afirmando que “não funciona”, e elogiou quem trabalha “até uma hora da manhã” e que seus funcionários precisam trabalhar até 80 horas por semana.

Apesar dessas declarações, a G4 Educação está sob o escrutínio do MPT por diversas denúncias de más práticas trabalhistas. Relatos de assédio moral e de jornadas de trabalho exaustivas foram apensados em processos distintos no Ministério. Vale lembrar que a Constituição Federal limita a carga semanal em 44 horas, sendo obrigatório um intervalo de pelo menos 12 horas entre duas jornadas e uma folga a cada 7 dias.

Em um site de emprego que divulga vagas e feedbacks sobre empresas, ex-funcionários descreveram a G4 como um “ambiente tóxico” em que “não existe espaço para crescer sem politicagem” e onde há uma “romantização da carga excessiva de trabalho”. Um ex-funcionário relatou que foi “demitido pós-burnout”, uma condição depressiva causada pelo esgotamento profissional.

“A turma que trabalha lá no G4 trabalha para c*ralho. A gente estava até 1 hora da manhã trabalhando e hoje, 8 horas da manhã, o escritório estava cheio. Saindo daqui, quando eu voltar, o escritório vai estar cheio de novo”, disse na entrevista.

Além da investigação no MPT, duas empresas de Gomes acumulam dívidas no valor de R$ 10,5 milhões em impostos, segundo a Lista de Devedores da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Além da G4, que deve R$ 5,5 milhões, a G40 Treinamentos e Cursos LTDA deixou de pagar R$ 5 milhões à Receita Federal.

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Última Atualização: 03/07/2024