O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, justificou a concessão de asilo diplomático à ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, por questões humanitárias.

“Foi concedido com base na Convenção de Caracas e também com base na legislação brasileiro. E, do nosso ponto de vista, foi também concedido com base em questões humanitárias”, disse Vieira, em entrevista concedida nesta sexta-feira 18 ao canal Globo News.

Condenada à prisão nesta semana pela Justiça peruana por lavagem de dinheiro, Heredia saiu do país com destino ao Brasil. O asilo foi concedido à ex-primeira dama e ao seu filho.

“Ela foi recentemente operada por uma questão grave de coluna vertebral, está em recuperação, precisa continuar em tratamento, e estava acompanhada de um filho menor”, disse Vieira.

“O marido condenado está detido e, portanto, o filho menor também estaria abandonado ou desprotegido. Foi com base em critérios humanitários”, justificou o chefe do Itamaraty. Segundo Vieira, o governo peruano concordou com a saída de Heredia.

“Foi a única forma em que havia de retirá-la com segurança e rapidez do país, com a concordância do governo peruano”, disse o ministro.

Heredia foi condenada junto com o marido, o ex-presidente Ollanta Humala, a 15 anos de prisão por conta de aportes ilegais relacionados à empreiteira brasileira Odebrechet. Segundo a sentença, recursos ilegais foram destinados às campanhas de Humala em 2006 e 2011.

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Last Update: 18/04/2025