Em nota publicada nesta quinta-feira (17), o Movimento da Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe) denunciou a agressão dos colonos israelenses aos templos religiosos islâmicos e a tentativa de roubá-los do povo palestino, na região ocupada da Cisjordânia. A ação violenta foi saudada pelo ministro terrorista do Estado de “Israel” Ben-Gvir, que ressaltou o fato de a Mesquita Al-Aqsa voltar a ter orações judaicas, o que não há mais de 30 anos.
Uma clara ação que visa humilhar os palestinos, algo reforçado pelo fato de a Mesquita, localizada em Jerusalém, ser a terceira mais importante para os muçulmanos. No fim, a organização revolucionária palestina conclama a nação árabe e islâmica para que se levante pelo direito da qibla (direito de oração) dos muçulmanos e também para que tome medidas que protejam Jerusalém e a Mesquita de Al-Aqsa contra a judaização.
Confira a nota na íntegra:
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Comunicado de Imprensa
A invasão, nesta data, de bandos de colonos às áreas do abençoado pátio da Mesquita de Al-Aqsa, com a participação do extremista terrorista Tzvi Sukkot, e a realização de rituais talmúdicos e rondas provocativas sob forte proteção das forças de segurança e da polícia da ocupação, constitui uma continuação dos esforços frenéticos da ocupação para judaizar os locais sagrados islâmicos e se apoderar deles.
O ministro terrorista Ben Gvir se vangloria ao descrever seus crimes e violações na Mesquita de Al-Aqsa, afirmando que orações judaicas que não aconteciam há 30 anos estão agora sendo realizadas em sua gestão. Reafirmamos a ele e aos demais líderes extremistas da ocupação que todas as medidas da ocupação em nossa terra e em nossos locais sagrados desaparecerão com o seu inevitável fim, e que elas não terão sucesso em alterar a identidade árabe e islâmica de Jerusalém e da Mesquita de Al-Aqsa.
Conclamamos os filhos da nossa Nação Árabe e Islâmica a se levantarem em apoio aos seus irmãos firmes na Palestina, em defesa da primeira qibla (direção de oração) dos muçulmanos, dos locais sagrados e dos princípios da Ummah. Também apelamos à Liga Árabe e à Organização para a Cooperação Islâmica para que tomem medidas urgentes a fim de proteger Jerusalém e a Mesquita de Al-Aqsa do risco de judaização, e para enfrentar os crimes sem precedentes da ocupação contra o nosso povo, nossa terra e nossos locais sagrados islâmicos e cristãos.
O líder do Hamas Dr. Khalil al-Havya, na realizou nesta quinta-feira (17) um discurso em que reafirmou a disposição da organização palestina em voltar à mesa de negociações pelo acordo de cessar-fogo. Al-Havya apontou que a organização revolucionária está disposta a um acordo abrangente, em que haja a libertação dos prisioneiros que estão sob o poder do sionismo pela troca de todos os prisioneiros que estão sob o poder da resistência visando um cessar-fogo que seja completo, a retirada completa da ocupação da Faixa de Gaza e pelo início da reconstrução e do fim do cerco.
Referente a declaração de Katz, ministro da Defesa de “Israel”, em que anunciou publicamente que o estado artificial impedirá que qualquer ajuda humanitária chegue a Faixa de Gaza e que isso é um meio de pressão a ser levado contra o povo palestino, o Hamas denunciou que se trata de mais um crime de guerra cometido pelo sionismo. Atualmente, cerca de dois milhões de palestinos estão são atingidos pela fome e falta das condições mínimas de vida, o que mostra a crueldade dos sionistas de impedir o acesso a ajuda humanitária. A organização palestina também denunciou o silêncio da ONU e de seu Conselho de Segurança que se omite diante das declarações.
Confira a nota na íntegra:
Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso
Comunicado de Imprensa
As declarações do ministro da Defesa sionista Katz, e sua afirmação de que o bloqueio da ajuda humanitária a Gaza por parte de seu governo fascista é um meio de pressão, e que nenhuma ajuda será permitida na Faixa de Gaza, constituem uma nova admissão pública da prática de um crime de guerra, ao declarar o uso da fome como arma e privar civis inocentes das necessidades básicas da vida, incluindo alimentos, remédios, água e combustível, pela sétima semana consecutiva.
A declaração do ministro terrorista Ben-Gvir, exigindo que “nem um único grama” de ajuda seja permitido na Faixa de Gaza, se soma às inúmeras declarações e posições emitidas por essa camarilha sionista fascista, que continua desafiando todas as leis e normas, e declara abertamente sua intenção de continuar esse genocídio brutal.
É lamentável que essas declarações criminosas não tenham sido recebidas com uma posição clara da comunidade internacional, das Nações Unidas, do Conselho de Segurança da ONU ou de órgãos judiciais internacionais condenando-as e responsabilizando seus autores.
Renovamos nossos apelos à comunidade internacional para agir e pôr fim à fome e ao bloqueio imposto à Faixa de Gaza. Também conclamamos o Tribunal Penal Internacional a processar os terroristas sionistas Katz e Ben-Gvir, e todos os líderes da ocupação, responsabilizando-os por seus crimes brutais contra a humanidade.
Movimento de Resistência Islâmica – Hamas
Quinta-feira: 19 de Shawwal de 1446 AH
Correspondente: 17 de abril de 2025