Donald Trump escolheu a líder da extrema direita da Itália, Giogia Meloni, como a primeira representante da Europa a dialogar presencialmente e tentar chegar a um acordo para diminuir ou evitar o tarifaço mundial.

Apesar de a porta-voz do continente sobre a ofensiva tarifária dos Estados Unidos ser a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, quem manifestou sobre a posição dos países europeus frente à guerra comercial, até então, Trump não decidiu falar com Ursula, mas com a radical primeira-ministra italiana, nesta quinta-feira (17).

O encontro é esperado, pois decidirá o tom das negociações do presidente norte-americano com aliados-chave de seu governo.

No início do mês, a União Europeia propôs um acordo tarifário “zero a zero” ao governo Trump em uma tentativa de amenizar as tensões comerciais e de impedir taxações entre ambos os países em alguns setores, como carros e produtos industriais. Mas não funcionou.

No auto-denominado “Dia da Libertação”, o mandatário dos EUA impôs tarifas de exportações em todo o mundo, incluindo taxas de 20% para a Europa, que foram reduzidas a 10% em um período de negociação de 90 dias, no início do mês. As lideranças agora estudam como negociar com os EUA para que, após essa trégua de 3 meses, as taxas não subam novamente.

Em meio a essas tentativas, a visita de Meloni à Casa Branca, nesta quinta (17), é aguardada não somente entre ambos os países, mas por todo o continente. Meloni se equilibra entre a afinidade política com o mandatário dos EUA e o objetivo de reduzir as tarifas.

Nesse sentido, a primeira-ministra da extrema-direita conversou com porta-vozes e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, antes da reunião desta quinta. Autoridades francesas expressaram preocupações no que seria uma abordagem bilateral de Meloni, tensionando ainda mais as relações transatlânticas.

Como a Itália teve um superávit comercial de €40 bilhões com os EUA no ano passado (o terceiro maior da UE, atrás apenas da Alemanha e da Irlanda), Meloni tem incentivos econômicos significativos para buscar uma resolução. Sua estratégia deve envolver destacar os fortes laços econômicos entre EUA e Itália, e não necessariamente o benefício do bloco europeu como um todo.

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Last Update: 17/04/2025