O deputado federal Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP), único parlamentar do partido que não apoiou o requerimento de urgência da anistia, visitou Glauber Braga (PSOL-RJ) durante sua greve de fome na Câmara. O protesto do psolista completou uma semana nesta quarta (16).
Segundo a coluna de Lauro Jardim, Rodrigues foi o primeiro congressista da oposição a prestar algum tipo de apoio a Glauber. Parlamentares do Centrão também visitaram o psolista. Cleber Verde (MDB-MA) e Ribamar Silva (PSD-SP) dizem que são contrários à punição e que têm conversado com suas bancadas sobre o tema.
O PSD é o partido de Paulo Magalhães (BA), relator do processo contra Glauber no Conselho de Ética da Câmara, que recomendou a cassação do psolista. Em 2001, ele agrediu o jornalista e escritor Maneca Muniz na Casa, após o lançamento de um livro com denúncias contra seu tio, o então senador Antonio Carlos Magalhães (ACM).
Glauber ainda recebeu as visitas de Fausto Pinato (PP-SP), que afirmou que não votará a favor da cassação. Ele é correligionário de Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, acusado de pressionar colegas pela punição do psolista, seu desafeto pessoal.
Outros parlamentares, como José Rocha (União-BA), também visitaram o psolista. Mesmo assim, a sigla do parlamentar está preocupada com o processo e teme que a influência de Lira afaste lideres partidários de Glauber.
Rodrigues tem sido criticado por bolsonaristas após decidir não apoiar a anistia. Em discurso na Câmara nesta terça (15), ele afirmou que o Legislativo não pode assumir o papel de “julgador” e comprometer o equilíbrio entre os poderes.
Ele é ex-ministro dos Transportes do governo Dilma Rousseff e é amigo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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