A busca por escala tem levado o e-commerce a investir cada vez mais em tráfego pago. No entanto, margens apertadas e baixo LTV (Lifetime Value) ainda limitam o crescimento de muitas operações.
O problema não é apenas vender mais. É vender melhor. Garantir a recompra e o engajamento de quem já comprou se tornou prioridade para negócios que buscam rentabilidade.
Nesse cenário, o CRM surge como peça central de uma estratégia baseada em dados, segmentação e automação.
Segmentação ainda é falha na maioria das campanhas
Apesar do avanço das ferramentas digitais, grande parte das campanhas de e-mail e WhatsApp ainda são genéricas e pouco personalizadas.
O resultado é previsível: baixa taxa de abertura, pouco engajamento e perda de clientes para concorrentes mais bem estruturados.
Segundo análises de mercado, campanhas baseadas em comportamento e histórico de compras dobram a taxa de conversão.
Isso mostra que personalizar a comunicação é o primeiro passo para reter clientes e aumentar o retorno por pedido.
Automação vai além de escala: é questão de eficiência
A automação não deve ser usada apenas para envio em massa. Quando bem aplicada, ela organiza jornadas completas e estratégicas.
Fluxos de boas-vindas, recomendação de produtos e reativação de clientes inativos são alguns dos exemplos mais comuns.
Empresas que automatizam com base em dados comportamentais chegam a obter retorno até quatro vezes maior do que aquelas que operam manualmente.
Frequência de compra, navegação no site e interações anteriores ajudam a prever o melhor momento para nova abordagem.
Recuperar carrinho exige mais do que e-mail
Mais de 70% dos carrinhos são abandonados no e-commerce brasileiro, segundo dados do setor.
Mesmo assim, muitas empresas ainda utilizam apenas o e-mail como canal de recuperação.
O CRM Report da Mailbiz mostra que marcas que combinam e-mail e WhatsApp conseguem recuperar até R$ 298 mil por mês.
Estratégias mais eficazes integram também notificações push e remarketing dinâmico, ajustando a comunicação ao comportamento do consumidor.
Essa combinação eleva a taxa de conversão e evita perdas recorrentes nas etapas finais da jornada de compra.
Dados guiam decisões e otimizam campanhas em tempo real
O CRM deve ser encarado como um núcleo de inteligência comercial. Ele organiza contatos, mas vai além disso.
Empresas que monitoram métricas como engajamento, frequência de recompra e ticket médio conseguem ajustar campanhas com agilidade.
Com essa base de dados, é possível aumentar o ROI e reduzir o custo de aquisição de novos clientes.
Segundo a Mailbiz, empresas que automatizam com estratégia alcançam retorno de até R$ 9,01 por real investido.
CRM funciona melhor integrado a uma estratégia maior
Apesar de ser uma ferramenta poderosa, o CRM sozinho não resolve todos os problemas do varejo digital.
Para gerar resultados consistentes, ele precisa estar inserido em uma estrutura que envolva personalização, automação e análise de dados contínua.
Fidelizar clientes e garantir recorrência são os caminhos para crescer sem depender exclusivamente de novas aquisições.
Empresas que antecipam o comportamento do consumidor e constroem relacionamentos duradouros se tornam mais resilientes e lucrativas no longo prazo.